By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: PARANA PORTAL – Imagem: Divulgação
Sem foro privilegiado, os ex-senadores Romero Jucá e Valdir Raupp,
ambos do MDB, viraram réus em um processo decorrente da Operação Lava Jato. A denúncia da força-tarefa no MPF (Ministério Público Federal) no
Paraná foi aceito pela 13ª Vara Federal de Curitiba. Os políticos devem
responder por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Na mesma ação também foram denunciados o ex-presidente da Transpetro
Sergio Machado, os ex-executivos da NM Engenharia Luiz Fernando
Maramaldo e Nelson Maramaldo, e o ex- presidente da Odebrecht Ambiental, Fernando Reis.
De acordo com a força-tarefa Lava Jato, Romero Jucá e Valdir Raupp
receberam propinas das empreiteiras para manter Machado na presidência
da Transpetro, subsidiária da área de transportes da Petrobras. Em
troca, o agente público continuaria a beneficiar as empresas em futuras
licitações da estatal.
Após a perda do foro por Romero Jucá e Valdir Raupp, o STF determinou
em maio que a competência para julgar o caso seria da JFPR (Justiça
Federal do Paraná), devido à relação com a Transpetro.
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Conforme a denúncia, os pagamentos aconteceram em 2008, 2009, 2010 e
2012. As propinas eram disfarçadas de doações eleitorais ao então PMDB. Ao
todo, de acordo com o MPF no Paraná, a NM Engenharia pagou R$ 1,3
milhão em vantagens indevidas, na forma de doações eleitorais, para
Romero Jucá e outros políticos do MDB.
Em relação à Odebrecht Ambiental, esquema semelhante
ocorreu em 2012, quando o ex-senador Valdir Raupp recebeu, com o auxílio
de Machado, R$ 1 milhão da empreiteira. O então presidente da empresa,
Fernando Reis, teria utilizado outra companhia do grupo, a Barro Novo
Empreendimentos Imobiliários, para fazer duas doações eleitorais
oficiais no valor de R$ 500 mil cada.
As investigações sobre o suposto esquema tramitou no STF (Supremo
Tribunal Federal) porque Romero Jucá e Valdir Raupp, então senadores,
tinham foro privilegiado. Uma denúncia contra eles foi oferecida à época
pela PGR (Procuradoria-Geral da República), em agosto de 2017. A
acusação também implicava outros senadores do MDB: Renan Calheiros, José
Sarney e Garibaldi Alves Filho.
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