By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: INTERVALO DA NOTICIAS – Imagem: Divulgação
A nuvem de gafanhotos que se aproxima do Sul do país e pode devastar lavouras no Estado do Paraná não oferece risco eminente ao ser humano. O doutor em Zoologia, professor do curso de Ciências Biológicas da Universidade Positivo, Rodolfo Correa de Barros, disse à Banda B, na manhã desta quarta-feira (24), que os gafanhotos têm essa característica de se agruparem, principalmente para buscar parceiros para a reprodução.
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“Normalmente, eles não ficam isolados em uma área, como são animais voadores, ficam se deslocando. Por ser voraz, o gafanhoto vai comendo tudo aqui que encontra pela frente de origem vegetal, principalmente. Os agricultores é que devem se preocupar com destruições porque o risco para humanos é bem pequeno”, explica o professor.A espécie detectada pelas imagens é sulamericana e existe desde a década de 60, em regiões como Paraguai e Argentina. “Pode chegar em algumas regiões do Brasil, mas isso depende de uma série de fatores, mas é um fenômeno comum por lá”, completa o especialista.
No entanto, segundo Barros, desastres ambientais, destruições de matas nativas e uso inadequado de agrotóxicos nas plantações podem acentuar essa situação.
Gafanhoto pica ou morde?
A dúvida de muitos internautas diante da repercussão dos vídeos que mostram a nuvem de gafanhotos é se o bicho oferece algum perigo ao ser humano.
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“Obviamente, todo animal tem seu instinto de defesa, se ele se sentir acoado, vai responder para se livre dessa situação. Ele tem um aparelho bucal que é mastigador, adaptado para comer folha, basicamente, não é um picador como mosquito”, responde o especialista.“O que posso dizer é que naturalmente ele não vai atacar o ser humano, é um risco muito baixo de ele atacar, não é da natureza dele. Mas, como estamos falando de um número grande do animal, o recomendado é que se mantenham distantes dessa nuvem, deixar passar, enquanto todos ficam com as janelas fechadas, dentro de casa”, alerta o professor.
Chega ou não?
Do ponto meteorológico, não há como saber se a nuvem de gafanhotos chega mesmo ao estado do Paraná. Para a meteorologista Ana Beatriz Porto, os ventos do Estado não favorecem a aparição do fenômeno.
“O que podemos observar é que os ventos em superfície aqui no Paraná estão com uma direção do quadrante norte.
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Não sei dizer se meteorologicamente isso vai influenciar ou impossibilitar que essa nuvem de gafanhotos alcance aqui a região, mas o que podemos dizer, de uma forma em geral, é que os ventos estão no quadrante Norte, estão vindo ao contrário do que estão dizendo os noticiários sobre a nuvem de gafanhoto que seria do quadrante Sul”, finalizou Beatriz.Plano de ação
Mesmo sem ter certeza sobre a chegada da nuvem de gafanhotos ao país, a ministra da Agricultura, Teresa Cristina, informou que o ministério montou um plano para acompanhar o fenômeno.
Pelo Twitter, Teresa Cristina disse que o governo já monitora a situação. “Montamos já um plano de monitoramento, para acompanhar o deslocamento desses gafanhotos.
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A gente espera que ele não chegue ao Brasil, mas todas as ações que podem ser tomadas, já tem um grupo de acompanhamento e as ações que podem ser implementadas caso isso aconteça”, afirmou.De acordo com a Senasa (Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentícia da Argentina), os insetos seguiram na direção sul e devem chegar à província de Entre Rios.
Com informações da Banda B.
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