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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: NSC – Imagem: Divulgação O ano de 2025 já começa com um novo alerta para o aumento de casos de
doenças diarreicas, comuns no verão. Florianópolis é uma das cidades que
monitora o aumento acima da média no número de atendimentos por estas
doenças, as populares viroses. Itapema, Itajaí e Balneário Camboriú
também registraram aumento desses casos.
A Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis informou que o número
de casos aumenta junto com o crescimento da população e a chegada do
verão. Os casos registrados nas últimas semanas são considerados de
baixo risco e dificilmente evoluem para quadros mais graves, que
necessitem internação.
“Nas últimas semanas, de acordo com a sala de situação da Vigilância
Epidemiológica, os registros estão acima da série histórica, que
considera uma média dos casos confirmados no mesmo período nos últimos
cinco anos. No entanto, a Secretaria de Saúde segue monitorando e
alertando a população e profissionais de saúde sobre os cuidados com
higiene, conservação de alimentos e bebidas e consumo de produtos em
estabelecimentos credenciados e fiscalizados pela vigilância sanitária”,
informou a pasta, em nota.
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Já a Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Dive) informou
que o Hospital Infantil Joana de Gusmão, de Florianópolis, identificou
um pequeno aumento na procura por atendimento na emergência relacionado a
doenças diarreicas nos últimos dias. “São casos leves, tratados com
reidratação e de forma clínica. A emergência do hospital está atendendo
normalmente, sem sobrecarga de pacientes, que são acolhidos e atendidos
no serviço, mediante classificação de risco”, diz a nota.
Casos aumentam no Litoral Norte
Em
Itapema, o Hospital Santo Antônio também tem recebido um fluxo maior do
que o normal de casos de virose. O médico pediatra da unidade, Daniel
Aglio, reforça que a prevenção é essencial, especialmente com as
crianças e nos dias de mais calor, quando as pessoas vão mais à praia.
Lavar as mãos e os alimentos antes de consumir é essencial. “Estamos com
superlotação e priorizando os casos mais graves”, disse o médico.
Já
em Itajaí, a secretária de Saúde do município, Mylene Lavado, informou
que o município deve abrir uma central para atendimento de urgência e
emergência para atender pacientes com sintomas de virose e também de
doenças respiratórias (como gripe) e dengue.
— Nesse período do
ano a gente tem um aumento exacerbado dessas doenças no CIS [Centro
Integrado de Saúde] e na UPA, o que faz com que haja um grande número de
pessoas que esperam por atendimento e uma demora no atendimento — disse
a médica.
A central fica no décimo andar do Hospital Marieta, com entrada pelo ambulatório.
Em
Balneário Camboriú, o hospital da Unimed registrou um aumento de 50% no
número de atendimentos de pacientes com sintomas de virose, como vômito
e diarreia.
A Dive informou ainda que até 18 de dezembro, Santa
Catarina tinha registrado 6.239 casos da doença. Em 2024, até esta data,
foram notificados 224 surtos de doenças diarreicas. Veja o que mais diz
a nota:
“Em decorrência de estarmos vivenciando um período de
intenso calor e com o aumento da população flutuante, principalmente na
região litorânea de Santa Catarina, pode ocorrer um crescimento no
número de casos de algumas doenças transmitidas de pessoa a pessoa,
entre elas as doenças diarreicas agudas (DDA), ou doenças infecciosas
gastrointestinais, popularmente conhecidas por “viroses” de verão.
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Os
municípios têm acompanhado os casos nos serviços de saúde. Além disso,
os hospitais com emergência porta aberta estão atendendo a população que
procura por atendimento. Por conta da possibilidade de um aumento expressivo do número de
casos de doenças diarreicas agudas nesta temporada de verão, a
Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Superintendência de
Vigilância em Saúde (SUV), alerta a população para os cuidados e as
medidas de controle e higiene durante todo o período, evitando o
adoecimento e a transmissão para outras pessoas.
É
importante destacar que a doença pode causar desidratação leve à grave,
sendo que crianças, idosos e pessoas imunodeprimidas são mais
vulneráveis e têm mais chances de evoluir para gravidade. Principalmente
nestes casos é importante monitorar os sintomas, não se automedicar e,
caso necessário, procurar uma unidade de saúde para realização do
tratamento adequado”.
Como se prevenir de viroses
As doenças diarreicas agudas (DDA), ou viroses, correspondem a um grupo de doenças infecciosas gastrointestinais, que na temporada 2022/2023 causaram um surto em Santa Catarina.
O
principal sintoma costuma ser o aumento do número de evacuações, com
fezes aquosas ou de pouca consistência, acompanhada ou não de náuseas,
vômito, febre e dor abdominal, podendo durar até 14 dias.
As doenças podem ser causadas por vírus, bactérias e parasitas e
costumam infectar a população em decorrência do descuido com a higiene,
como não lavar as mãos com frequência, especialmente antes de se
alimentar; da ingestão de alimentos de procedência desconhecida, com
destaque para os frutos do mar, ou bebidas produzidas com ingredientes
contaminados; pela falta de conservação térmica de comidas, que favorece
a multiplicação de microrganismos e a liberação de toxinas que causam
danos à saúde; ao tomar banho em praias impróprias ou em rios/córregos
poluídos.
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Alguns cuidados são necessários para evitar o adoecimento e a transmissão para outras pessoas:
- Cuidar com a qualidade da água ingerida que deve ser tratada, fervida ou mineral;
- Evitar a ingestão de frutos do mar crus, carnes mal passadas, especialmente sem saber a procedência;
- Ao levar alimentos para a praia, cuidar da higiene e manter a refrigeração adequada;
- Não
consumir sucos, batidas, caipirinhas e outras bebidas não
industrializadas sem saber a procedência dos ingredientes utilizados;
- Não consumir alimentos fora do prazo de validade, mesmo que aparência seja normal;
- Não
consumir alimentos que pareçam deteriorados, com aroma, cor ou sabor
alterados, mesmo que estejam dentro do prazo de validade;
- Higienizar
as mãos com frequência, especialmente antes e depois de utilizar o
banheiro, trocar fraldas, manipular e preparar os alimentos, amamentar e
tocar em animais;
- Não frequentar locais com condição imprópria para banho.
A
doença pode causar desidratação leve a grave, sendo que crianças,
idosos e pessoas imunodeprimidas são mais vulneráveis e têm mais chances
de evoluir para gravidade. Principalmente nestes casos é importante
monitorar os sintomas, não se automedicar e, caso necessário, procurar
uma unidade de saúde para realização do tratamento adequado.