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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: UOL – Imagem: Divulgação"Quem precisa de companhia se já tem uma?", questiona André Pitkowski,
professor universitário e consultor especializado em segurança da
informação. A companhia a que ele se refere é o seu Land Rover Defender
110, ano 1997, que ele tem desde zero km e que completou 500 mil km no
odômetro no último mês.
Pitkowski conta que sempre foi fã de carros off-road e teve jipes
desde que tirou sua habilitação em 1972. "Tive quase todos os modelos da
época, Engesa, [Jeep] CJ, Gurgel, Suzuki, TR4? A Defender sempre foi o
sonho que nunca consegui alcançar até que comprei a minha primeira em
1995", conta.
"Em 1997 o
dono da concessionária me liga dizendo que tinha essa minha atual, que
fez 500 mil km rodados comigo desde zero km", diz Pitkowski.
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E essa unidade tem uma história curiosa: foi fabricada na Inglaterra e
seria destinada ao mercado africano, mas foi enviada ao Brasil por
engano junto a outros três carros. Como já estava aqui, aqui ficou e foi
parar nas mãos do professor.
Com isso, o carro dele se diferencia
dos destinados ao Brasil por ter ar-condicionado, carpete e
revestimento dos bancos em tecido, ao contrário dos tapetes de borracha e
curvim. O Defender dele também tem capacidade para 11 pessoas, contra a
"brasileira" de cinco passageiros.
E nesse tempo, tudo o que foi
feito nela foi manutenção preventiva, diz Pitkowski. "Eu chamo sorte de:
95% manutenção e cuidados e 5% de estar no lugar certo na hora certa",
conta e comemora nunca ter tido grandes problemas com o carro.
Já quebrei embreagem, alternador, limpador de para-brisa, mas
nunca motor, câmbio, suspensão, eixos e diferenciais. Mas sempre na
porta de casa, nunca no meio do nada"
E contando com essa "sorte" que Pitkowski conta que o Defender não é
apenas seu carro de passeio. É seu único veículo com que roda cerca de
1.500 km por mês em seu uso diário para trabalhar. "Tem mês que faço 15
mil km". E tudo isso fazendo 10 km/l na cidade e 13 km/l na estrada,
segundo as contas do proprietário.
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Dizem que eu sou muito 'passarinheiro', tipo levar seis horas para
chegar ao Guarujá só porque descobriu um estradinha de terra, ou parar
para fazer e tomar um café porque a fazenda é bonita"
E não só passeios tranquilos fizeram os 500 mil km do Defender 1997.
Pitkowski disse gostar de trilhas e que seu carro sempre vai e volta sem
grandes alterações. Ele conta ter instalado pneus maiores, proteções
por baixo, guincho, snorkel, e "um monte de apetrechos amigos para me
livram de enrascadas".
"Tenho muitas lembranças dela nos Lençóis
[Maranhenses], no Ushuaia, no Atacama, Transamazônica", conta o
professor, que ainda pretende despachar o carro até o Canadá e, de lá,
subir para o Alasca.
O motor, no entanto, segue original, mas
seguindo as atualizações que a Land Rover fez. "Se você mantém tudo
original, sabe que as peças são aquelas, que a fábrica já testou. Tudo o
que a fábrica fez nesse motor, eu fiz também."
"Manutenção é
Bíblia. Troco óleo a cada 5.000 km, filtros e correias a cada 10 mil km.
Tem que respeitar a quilometragem independente do que aconteça.
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O motor do Defender 110 1997 é o 300TDi, um 2.5
turbodiesel de 111 cv e 27 kgfm de torque. O câmbio é manual de cinco
marchas com tração 4x4 e reduzida. No caso do carro do Pitkowski, o
diferencial é um heavy duty por ter as especificações para o mercado
africano, ou seja, mais forte.
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