quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Ex-mulher de Bolsonaro pagou R$ 95 mil em espécie por imóvel quando ainda era casada com o presidente

By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 Imagem: Divulgação

Documentos mostram que a ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, Rogéria Bolsonaro, comprou um imóvel com dinheiro vivo quando era vereadora, no Rio.
A informação foi publicada nesta terça-feira (11) pelo jornal O Globo.
Rogéria Bolsonaro é mãe dos três filhos mais velhos do presidente. Eles ficaram casados até 1998.
Segundo o jornal, Rogéria pagou R$ 95 mil em espécie por um imóvel na Zona Norte do Rio. A compra foi realizada no dia 22 de janeiro de 1996.
O apartamento fica aqui em um prédio no bairro de Vila Isabel, tem três quartos, duas vagas na garagem e área com piscina, salão de jogos e academia. 
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O valor pago de R$ 95 mil atualizado pela inflação equivale hoje a mais de R$ 620 mil.
Pela informação no documento, "o preço certo e ajustado de R$ 95 mil foi recebido integralmente no ato (...) Através de moeda corrente devidamente conferida, e digo, contada e achada certa e examinada pelos vendedores”.
Segundo tabeliães ouvidos pelo Jornal Hoje, a expressão "moeda corrente contada e achada certa" se refere a dinheiro vivo.
Na época, Rogéria era casada em regime de comunhão parcial de bens com o então deputado federal Jair Bolsonaro. O casal se separou dois anos depois. 
Nesta terça-feira (11), a produção do Jornal Hoje ligou várias vezes para Rogéria Bolsonaro, mas ela não atendeu.
Rogéria foi vereadora no Rio por dois mandatos, entre janeiro de 93 e janeiro de 2001.
O apartamento em Vila Isabel foi comprado três anos depois dela se tornar vereadora. Na época, o marido Jair Bolsonaro era deputado federal.
Filho também comprou imóvel com dinheiro vivo
O filho mais velho do casal, Flávio Bolsonaro, parece ter herdado o hábito de usar dinheiro vivo na compra de imóveis.
O Ministério Público do Rio (MPRJ) afirma que Flávio e a mulher, Fernanda Bolsonaro, compraram dois imóveis em Copacabana, em novembro de 2012, do mesmo vendedor, o americano Glenn Howard Dillard.
Um deles por R$ 140 mil, e o outro, por R$ 170 mil, valores considerados abaixo dos de mercado, na época.
O MP apurou que Flávio Bolsonaro transferiu os R$ 310 mil para as contas de Glenn e sua empresa.
E que, no mesmo dia, Glenn também recebeu dois depósitos em dinheiro vivo, no valor total de R$ 638.400,00. 
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O que, segundo o MP, confirma o pagamento de valores não declarados, ou seja, por fora, por parte do então deputado e de sua esposa.
Os dois imóveis, que oficialmente custaram juntos R$ 310 mil, foram vendidos um ano depois por um total de R$ 1.123.000,00.
Os promotores afirmam que o ganho de R$ 800 mil para Flávio e sua esposa tinha o claro objetivo de lavar parte dos recursos obtidos no esquema de “rachadinha” dos servidores da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
O MP também suspeita que a loja de chocolates que Flávio Bolsonaro tem num shopping da Zona Oeste tenha sido usada para lavar dinheiro das rachadinhas.
Segundo o Ministério Público, foi registrado um excesso de depósitos em dinheiro vivo, na loja. 
E o volume de vendas em dinheiro, em 2017, não mudou na época da Páscoa - período em que aumentam as vendas no setor.
O MPRJ ainda investiga um depósito de R$ 25 mil a Fernanda Bolsonaro, mulher de Flávio, entre 2011 e 2012, como também revelou o jornal O Globo.
O depositante, segundo o Ministério Público, foi Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Alerj, acusado ser o operador financeiro do esquema das rachadinhas.
Inicialmente, Fernanda Bolsonaro negou aos promotores que o depósito tenha ocorrido.
Depois, disse que em data que não sabe precisar, entre 2011 e 2012, pediu a Fabrício Queiroz que fosse ao banco depositar em sua conta corrente pessoal um cheque de origem da conta corrente de sua mãe nesse mesmo valor, de R$ 25 mil.
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O MP afirma que o depósito de R$ 25 mil pelo investigado Fabrício Queiroz na conta de Fernanda não ocorreu em data incerta, mas sim no dia 15 de agosto de 2011.
E que bastaria a defesa confrontar a data do depósito com os dados da conta bancária da mãe da investigada para se certificar de que não existe qualquer débito com data e valores compatíveis com o depósito realizado por Fabrício Queiroz.
O Palácio do Planalto ainda não comentou o assunto.
Em nota, a defesa de Flávio e Fernanda Bolsonaro afirmou que todas as operações financeiras do senador e de sua família estão dentro da lei e que as informações sobre compras e vendas de imóveis foram detalhadas junto ao Ministério Público e que todos os esclarecimentos já foram dados. 
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