By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B – Imagem: Divulgação
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal declarou a parcialidade do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro em uma ação em que ele atuou como juiz no caso Banestado, que mirou esquema bilionário de evasão de divisas entre 1996 e 2002.
O recurso foi apresentado pela defesa do doleiro Paulo Roberto Krug, condenado com base na delação premiada de Alberto Youssef. Na prática, a decisão anula sentença contra Krug imposta por Moro.
Lewandowski pontuou ainda que um juiz imparcial é algo ‘mais grave do que a corrupção’ e pode levar a autoritarismo.
“Não se trata de uma simples incorreção da atividade judicial, mas uma evidência de que o magistrado atuou concretamente para a produção provas com unidade de desígnios em relação ao Ministério Público”, apontou.
A ministra Cármen Lúcia seguiu Fachin contra a suspeição de Moro Segundo ela, não teria ficado demonstrado nos autos que Moro incidiu em qualquer hipótese de impedimento. “Não vislumbro qualquer erro ou mácula na conduta”, afirmou.
Devido à ausência do ministro Celso de Mello, que se encontra de licença médica, o resultado ficou empatado. Nestes cenários, o resultado favorece o réu, levando o recurso a ser aceito pela Corte.
COM A PALAVRA, O EX-MINISTRO SÉRGIO MORO
Até a publicação desta matéria, a reportagem não havia obtido contato com o ex-ministro Sérgio Moro. O espaço permanece aberto a manifestações.
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal declarou a parcialidade do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro em uma ação em que ele atuou como juiz no caso Banestado, que mirou esquema bilionário de evasão de divisas entre 1996 e 2002.
O recurso foi apresentado pela defesa do doleiro Paulo Roberto Krug, condenado com base na delação premiada de Alberto Youssef. Na prática, a decisão anula sentença contra Krug imposta por Moro.
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O doleiro alegou ao Supremo que o
ex-juiz teria sido parcial ao realizar oitiva com Alberto Youssef para auxiliar
na produção de provas durante a fase investigativa do caso. Os documentos
obtidos teriam então sido anexados no processo após as alegações finais da
defesa e utilizados por Moro na elaboração da sentença
O recurso foi inicialmente pautado para julgamento no
plenário virtual da Segunda Turma em setembro do ano passado. O ministro Edson
Fachin, relator do caso, se manifestou contra a suspeição de Moro, destacando
que outras instâncias da Justiça, como o Tribunal Regional Federal da 4ª Região
(TRF-4) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ), reconheceram que a oitiva de
Youssef se tratou somente de validação do acordo de delação.
O ministro Gilmar Mendes pediu vista, liberando o processo
para a Segunda Turma nesta terça, 25. Em seu voto, o ministro, crítico dos
métodos da Lava Jato, afirmou que Moro atuou como um ‘reforço da acusação’ no
processo ao produzir provas sem pedido do Ministério Público.
“O juiz ultrapassou o papel de mero homologador (do acordo de delação) e
atuou como parceiro do órgão da acusação na produção de provas que seriam
utilizadas como base para a sentença”, apontou o ministro.
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O ministro Ricardo Lewandowski, que votou por último, reforçou as
críticas à atuação de Moro ao afirmar que ‘coisas muito estranhas’ aconteceram
em Curitiba e que cabe ao Supremo ‘lançar um olhar mais verticalizado’ sobre o
que ocorreu ‘em determinados processos’.Lewandowski pontuou ainda que um juiz imparcial é algo ‘mais grave do que a corrupção’ e pode levar a autoritarismo.
“Não se trata de uma simples incorreção da atividade judicial, mas uma evidência de que o magistrado atuou concretamente para a produção provas com unidade de desígnios em relação ao Ministério Público”, apontou.
A ministra Cármen Lúcia seguiu Fachin contra a suspeição de Moro Segundo ela, não teria ficado demonstrado nos autos que Moro incidiu em qualquer hipótese de impedimento. “Não vislumbro qualquer erro ou mácula na conduta”, afirmou.
Devido à ausência do ministro Celso de Mello, que se encontra de licença médica, o resultado ficou empatado. Nestes cenários, o resultado favorece o réu, levando o recurso a ser aceito pela Corte.
COM A PALAVRA, O EX-MINISTRO SÉRGIO MORO
Até a publicação desta matéria, a reportagem não havia obtido contato com o ex-ministro Sérgio Moro. O espaço permanece aberto a manifestações.
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