By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: METROPOLES – Imagem: Divulgação
O juiz Ricardo Prata informou na decisão judicial que um dos relacionamentos amorosos seria com o próprio hacker que invadiu os celulares e e-mails do padre.
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No documento, ele afirma que a informação
foi ressaltada pelos hackers na época do julgamento.“Observa-se que os acusados foram responsáveis por transmitir as ameaças à pessoa da vítima [Robson], por meio de mensagens em aplicativos e e-mails. Nessas, disseram os acusados que a vítima possuiria relacionamento amoroso com diversas pessoas, inclusive com o próprio Welton”, diz o texto.
Um policial civil e uma pessoa próxima ao padre Robson disseram que os hackers encontraram também uma foto dele com uma mulher que faz parte do círculo de amizades do pároco. A existência da foto foi confirmada pelo hacker.
“Tinha foto dele com uma moça. Ela falando da data do primeiro encontro dele, essas coisas”, narrou o hacker. O juiz afirmou que as ameaças intimidaram o sacerdote a ponto de ele efetuar pagamentos de expressivos valores para fazer a vontade dos chantagistas.
Ao todo, o padre, que comandava a Basílica do Divino Pai Eterno em Trindade, na região metropolitana de Goiás, pagou R$ 2,9 milhões com dinheiro da Associação dos Filhos do Divino Pai Eterno (Afipe) para que as mídias fossem arquivadas.
Segundo a defesa do sacerdote, “Padre Robson foi vítima de extorsão, tendo buscado suporte da Polícia Civil, que monitorou as transações, e culminou na prisão dos extorsionários. Já houve sentença, e os criminosos foram punidos pelo Judiciário com severidade. Não havia qualquer conteúdo verídico como objeto das ameaças”.
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O Ministério Público informou que a Afipe
ficou no prejuízo de R$ 1,2 milhão, quase metade da quantia. Mas ainda
segundo a defesa do padre, o valor usado nos pagamentos já foi
recuperado e aguarda liberação para retornar às contas da associação.A defesa do hacker, identificado como Welton Ferreira Nunes Júnior, não foi localizada. Ele e mais quatro pessoas foram condenadas em 2019, com penas que variam de 9 a 16 anos de prisão.
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