By:
INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR – Imagem: DivulgaçãoNove meses após receber a notícia da morte de Jefferson de Paula da
Silva Jacobe na Guerra da Ucrânia, a família dele ainda não teve acesso à
indenização prevista no contrato assinado pelo combatente brasileiro
com o governo ucraniano.
Segundo Lizlaine Silva, irmã de Jacobe, o valor seria usado para a
criação das filhas do soldado, que têm 9 e 4 anos e moram com a mãe, em Curitiba.
Oficialmente, Jacobe é considerado desaparecido desde o dia 31 de
dezembro de 2024, quando saiu para uma missão militar. A família, porém,
recebeu a confirmação da morte dois dias depois, por meio de uma
ligação telefônica feita por um soldado que lutava ao lado do
curitibano.
Se um soldado desaparece durante a guerra na Ucrânia, o governo prevê
que a família receba o salário dele até que ele seja oficialmente
declarado como morto. Depois disso, a família se torna elegível para
receber um pagamento de 15 milhões de hryvnias ucranianos – o
equivalente a cerca de R$ 1,9 milhão, pago em parcelas.
Continua depois da publicidade
O papel é geralmente desempenhado por um advogado. A família de Jacobe,
porém, não tem condições financeiras para pagar um profissional para
representá-los no país europeu.
"Não é sobre pegar algum dinheiro. É sobre as meninas terem o sustento
delas, para pelo menos ele ser honrado dessa forma, porque nenhuma vida
tem um valor específico", desabafa a irmã.
Segundo Lizlaine Silva, o irmão saiu de Curitiba para morar em
Portugal. Depois de a ex-companheira e as filhas pequenas voltarem para o
Brasil, Jacobe passou pela Alemanha e, lá, decidiu ir para a Ucrânia,
onde chegou em novembro de 2024.
Jacobe conversava frequentemente com a irmã por mensagens e o rapaz enviava vídeos relatando o dia a dia como combatente.
De acordo com a irmã, como soldado, Jacobe se sentia útil.
"O que fez ele ir para lá foram as decepções da vida. Ele deixou as
decepções entrarem na mente dele. Então, ele decidiu pegar toda a força
dele e usar nisso. Ele queria lutar por algo que ele acreditava de
verdade", conta.
O último contato entre Lizlaine e Jacobe foi no dia 31 de dezembro
daquele ano. Mais cedo, o irmão tinha informado a ela que partiria para
uma missão militar.
Na mensagem de voz, Lizlaine desejou um feliz ano novo e disse que o amava. O irmão reagiu ao recado com um coração.
"Eu falei assim: 'Só fala para mim o que aconteceu'. Eu já sabia, né? Não queria enrolação", lembra.
Além da notícia, o soldado explicou a ela que o corpo de Jacobe não
pôde ser recuperado e ficou no campo de batalha. Sem o corpo, porém, o
governo ucraniano não oficializa a morte, e o soldado é considerado
desaparecido.
Lizlaine descreve o sentimento de receber a notícia da morte do irmão
como "um pesadelo". Porém, enxerga como parte importante do processo do
luto saber o que de fato aconteceu, ao contrário de famílias de soldados
que não têm contato com os colegas de batalhão e vivem sem informações
sobre o paradeiro dos combatentes.
"Essa confirmação de morte é dolorosa demais para todos nós, sim. Mas
pelo menos você já sabe o que aconteceu. Você não fica se torturando,
achando que está desaparecido", afirma.
Atuação do Itamaraty é limitada em casos como o de Jacobe
O Itamaraty, Ministério das Relações Exteriores, por intermédio da
Embaixada do Brasil em Kiev, presta a assistência consular cabível aos
familiares dos brasileiros que se alistam para a guerra na Ucrânia.
Porém, a atuação consular não permite que o órgão atue como parte ou
procurador em processos judiciais ou administrativos envolvendo cidadãos
brasileiros no exterior.
Victor Del Vecchio, advogado especialista em Direito Internacional,
explica que a atuação consular é limitada, entre outros motivos, pela
esfera do acordo entre o soldado e o governo ucraniano.
MATÉRIAS RELACIONADAS:
Continua depois da publicidade
Guerra da Ucrânia: em reação a Trump, Zelensky diz que nenhum acordo de paz pode ser negociado com a Rússia sem os ucranianos.
Continua depois da publicidade
Vários produtos arrecadados para os refugiados da Ucrânia que estão em Prudentópolis foram furtados.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
'Brasil parece estar do outro lado', diz porta-voz da Casa Branca sobre viagem de Bolsonaro à Rússia.
PARTICIPE DO NOSSO GRUPO NO WHATSAPP.
GRUPO 2 - CLIQUE AQUI.
GRUPO 1 - CLIQUE AQUI.
GRUPO 4 - CLIQUE AQUI.
GRUPO - CLIQUE AQUI.
GRUPO 3 : CLIQUE AQUI.
GRUPO 5: CLIQUE AQUI.
GRUPO 6: CLIQUE AQUI.
CURTA AQUI NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK
OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA NOTICIAS. OS COMENTÁRIOS IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE AUTORIZAÇÃO OU CITAR A FONTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.