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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
O missionário ucraniano que mora no Paraná, Vitaliy Arshulik, tem mais
um motivo para temer o conflito: o único irmão, Mikhailov, foi convocado
para a guerra e já está no front. Nesta sexta-feira (25), os dois se
falaram por uma chamada de vídeo.
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Vitaliy se mudou pra Prudentópolis há quatro anos. O irmão dele vive com família em Lutsk, oeste da Ucrânia, perto da fronteira com Belarus. Mikhailov serve numa unidade que tem a missão de impedir o avanço de tropas russas.
“A qual distância está o exército russo de lá?”, pergunta o repórter.
“A mais ou menos 170 a180 km. Eu perguntei se ele ficaria lá defendendo
se os russos atacassem e ele disse: ‘Sim, eu vou ficar aqui’”, conta o
missionário.
Os irmãos se encontraram pela última vez há seis meses, quando Vitaliy foi à Ucrânia. Combinaram de se ver com mais frequência. Com a guerra, a saudade virou angústia, preocupação.
“Como fica teu coração?”, pergunta o repórter.
“Muito triste. Cada vez que converso com ele, eu sei e ele sabe que pode ser a última vez”, afirma.
A preocupação com o conflito não tem idade. A história, que ainda está
sendo escrita lá no Leste Europeu, virou lição nas escolas de Prudentópolis.
Concentração total no assunto, que tem muito a ver com os alunos e com a
cidade onde eles vivem: sete em cada dez moradores têm origem
ucraniana.
“Eu sou descendente de ucraniano e, para mim, é muito triste isso, é
muita morte que pode acontecei”, diz o aluno Edson Felipe.
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“Deve ser muito difícil você estar lá e, do nada, começarem a te jogar
bomba, sobrevoar um monte de avião em cima do teu país, isso tudo por
causa de um território”, lamenta a aluna Emanuelly Zarebelni.
A professora Iza Olanczulki Kozan passa o dia em busca de informações dos parentes que moram na Ucrânia. Nesta sexta, ela recebeu a primeira mensagem de uma prima: “Nós estamos todo apreensivos, fugindo, se escondendo onde podemos. Orem por nós”.
“Isso deixa a gente sufocado, nem consegue respirar direito, porque é o
nosso sangue. Enquanto o mundo, os seres humanos, não vierem para esse
lado de paz, o povo sofre”, diz a professora.
Assista AQUI a reportagem.
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