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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: METROPOLES – Imagem: Alan SantosBolsonaristas têm usado as redes sociais nesta terça-feira (15/2) para dizer que o presidente Jair Bolsonaro evitou a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
O mandatário brasileiro desembarcou nesta terça às 15h58 (horário
local) em Moscou. Ele tem encontro agendado com o presidente russo, Vladimir Putin, na quarta-feira (16/2).
Algumas
das postagens, em tom de brincadeira, tiveram amplo alcance. O
ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles foi um dos propagadores das
publicações.
“Biden e o mundo ocidental agradecendo
Bolsonaro por ter convencido Putin a desistir da invasão, talkey?!?”,
escreveu Salles, em tom de ironia no Twitter.
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Outra
postagem compartilhada por Salles faz uma montagem que atribui à CNN a
informação de que o presidente Jair Bolsonaro evitou “a 3ª Guerra
Mundial”. Em nota, a emissora afirmou não ter noticiado o exposto pelo ex-ministro.
Mais cedo, a Rússia anunciou a retirada de parte da tropa que está próxima à Ucrânia.
Segundo o comunicado feito pelo porta-voz do Ministério da Defesa
russo, a retirada não seria nada fora da “rotina”, uma vez que
concluíram o treinamento.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri S.
Peskov, considerou que o envio de mais de 100 mil soldados à fronteira
com a Ucrânia desde a ascenção da crise diplomática é apenas algo
“rotineiro” e classificou as declarações de países ocidentais como
“exageradas”, segundo o The New York Times.
“É
nosso direito realizar exercícios onde quisermos em nosso território;
não precisa ser discutido com ninguém”, disse Peskov. Ele acrescentou
que a Rússia sempre teve a intenção de que, quando os exercícios
terminassem, “as tropas voltassem para seus quartéis. Isto é o que está
acontecendo desta vez também, não há nada novo”.
Após seguidos
sinais de que uma invasão militar estaria às vésperas de ocorrer, a
Rússia sinalizou, na segunda-feira (14/2), que o caminho diplomático
para resolver a crise com a vizinha Ucrânia ainda tem chances de
prosperar.
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O chanceler da diplomacia russa, Serguei Lavrov,
avaliou que “há possibilidade” de “resolver os problemas”, mas que
espera “contrapropostas sérias” de países ocidentais que tentam esfriar o
clima. Em uma reunião televisionada com o presidente do país, Vladmir
Putin, os representantes russos simularam uma discussão apaziguadora
sobre o tema.
Agenda de Bolsonaro
Na
viagem internacional à Rússia, devem ser tratados assuntos relacionados
ao agronegócio e à defesa. A Rússia é a maior fornecedora de
fertilizantes ao Brasil. Uma reunião sobre o tema com produtores e
exportadores de fertilizantes será realizada na tarde de quarta-feira.
Como a titular do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, foi diagnosticada com Covid-19 no início da semana passada, o ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, e o almirante Flávio Rocha, deverão conduzir a reunião.
Também integram a comitiva o chanceler Carlos França e os ministros-generais Braga Netto (Defesa), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência) e Augusto Heleno (GSI).
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