Cerca de 8.500 soldados dos Estados Unidos estão em alerta máximo para
serem mobilizados em meio à crescente tensão na Ucrânia, segundo
anunciou o Pentágono.
Enquanto isso, a Rússia nega planejar uma ação militar contra a
Ucrânia, apesar de reunir aproximadamente 100.000 soldados nas
proximidades deste país.
O Pentágono diz que ainda não foi tomada uma decisão definitiva sobre o
envio de tropas. Isso só aconteceria se a aliança militar da
Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) decidir empregar forças
de reação rápida, "ou se outras situações se desenrolarem" no que diz
respeito às tropas russas, segundo explicou o secretário de imprensa do
Pentágono, John Kirby.
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Não há planos de ação na própria Ucrânia,
acrescentou.
Alguns membros da Otan, incluindo Dinamarca, Espanha, Bulgária e
Holanda, já estão enviando caças e navios de guerra para a Europa
Oriental, como um reforço na defesa na região.
No fim de semana, cerca de 90 toneladas de "ajuda letal" dos EUA,
incluindo munição para "defensores da linha de frente", chegaram à
Ucrânia.
Nesta segunda-feira (24) o presidente americano, Joe Biden, e aliados
europeus fizeram uma videochamada para discutir uma estratégia das
potências ocidentais diante da mobilização russa.
Enquanto isso, Boris Johnson alertou que investigações de serviços de
inteligência sugerem que a Rússia está planejando um ataque-relâmpago à
capital ucraniana, Kiev.
"A inteligência é muito clara de que existem 60 grupos de batalha
russos nas fronteiras da Ucrânia, o plano para um ataque-relâmpago que
poderia derrubar Kiev é algo à vista de todos ", disse Johnson.
"Precisamos deixar bem claro para o Kremlin, para a Rússia, que esse seria um passo desastroso."
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O Kremlin declarou que vê a Otan como uma ameaça à segurança e exige
garantias legais de que a aliança não expandirá mais para o leste,
inclusive para a vizinha Ucrânia. Mas os EUA disseram que a questão em
jogo é a hostilidade russa, não a expansão da Otan.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, rejeitou a exigência de
veto da Rússia, dizendo que a aliança representa "o direito de cada
nação escolher suas próprias alianças".
A Rússia tomou parte do território ucraniano antes, quando anexou a
Crimeia em 2014. Rebeldes apoiados por Moscou também controlam áreas do
leste da Ucrânia perto das fronteiras russas. Esse conflito já custou
cerca de 14 mil vidas, e um acordo de paz de 2015 está muito longe de
ser cumprido.
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