A Força Aérea dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira (10) o envio de caças F-15 à Base Aérea de Łask, na Polônia, para "melhorar a defesa coletiva da Otan e apoiar a missão de policiamento aéreo".
A Polônia faz parte da aliança militar e faz fronteira, ao leste e ao norte, com Ucrânia, Belarus e um pequeno pedaço da Rússia na Europa, além da Lituânia.
O anúncio ocorre dias após caças F-15 interceptarem aeronaves russas no mar Báltico e soldados americanos começarem a desembarcar na Romênia, país que também é o membro da Otan e também faz fronteira com a Ucrânia.
"Os F-15 Eagles fazem parte 48ª ala de caça da Royal Air Force Lakenheath, no Reino Unido, vão trabalhar ao lado das aeronaves F-16 polonesas e dinamarquesas que já executam a missão de policiamento aéreo da Otan na Base Aérea de Siauliai, na Lituânia", afirmou a Força Aérea americana.
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"Os caças extras reforçarão a prontidão, a dissuasão e a defesa dos aliados, à medida que a Rússia continua o acúmulo militar dentro e ao redor da Ucrânia", segundo o comunicado.
"A implantação de F-15s dos EUA na Polônia eleva as capacidades de defesa coletiva no flanco leste da Otan
e a missão de policiamento aéreo", disse o general Jeff Harrigian,
comandante do Comando Aéreo Aliado e Comandante das Forças Aéreas dos
EUA na Europa e Forças Aéreas na África.
Também nesta quinta, a Rússia começou a fazer exercícios militares com 30 mil soldados na vizinha Belarus e, em resposta às atividades, os ucranianos iniciaram dez dias de exercícios militares no país, com drones e mísseis antitanque.
Belarus (antiga Bielorrúsia) fica ao norte da Ucrânia e sua fronteira é perto da capital Kiev, o que pode indicar uma possível rota de uma nova invasão russa — a região ucraniana da Crimeia foi invadida e anexada pelo país em 2014.
O governo ucraniano criticou duramente os exercícios navais perto de
sua costa, dizendo que a presença russa tornou a navegação no Mar Negro e no Mar de Azov "praticamente impossível".
"Essas ações agressivas da Federação Russa como parte de sua guerra híbrida contra a Ucrânia são inaceitáveis", afirmou o Ministério das Relações Exteriores ucraniano.
O que a Rússia quer?
A Rússia já reuniu mais de 100 mil soldados perto da fronteira com a Ucrânia, mas nega que vá invadir o país e diz que quer apenas que os países ocidentais respeitem sua "área de influência".
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Exige também que a Otan garanta que mísseis nunca serão posicionados perto das fronteiras da Rússia e que a aliança ocidental reduza suas tropas em países do leste europeu (que alega ser a sua área de influência).
Desde o fim da União Soviética, vários países da região passaram a fazer parte da Otan e/ou da União Europeia — o que os russos não aceitam. Mas os países ocidentais se negam a aceitar as exigências russas.
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