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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: JORNAL EXTRA – Imagem: DivulgaçãoA bandeira do Brasil levada para a Ucrânia por André Hack Bahi,
primeiro brasileiro morto na guerra contra a Rússia, está em poder de
militares da Chechênia. Um vídeo publicado nas redes sociais no fim de
semana mostra um combatente checheno, que atua ao lado dos russos no
conflito, segurando o símbolo nacional.
As imagens mostram o
checheno com a bandeira assinada por Bahi e outros voluntários -
brasileiros e de outros países - que foram para a Ucrânia lutar contra
os russos. Bahi, de 43 anos, lutava ao lado das forças da Ucrânia desde o final
de fevereiro e morreu vítima de ataques russos, no começo de junho. Em
nota, o Itamaraty informou ter recebido a informação sobre o falecimento
da Embaixada do Brasil em Kiev.
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No vídeo, o combatente checheno
afirma que as legiões estrangeiras chegam à Ucrânia com a expectativa de
ter suporte da Otan, mas "assim que este pessoal chega aqui eles se
deparam com outra realidade. Eles começam a entrar em pânico".
Em
seguida, o checheno mostra a bandeira do Brasil e diz que ela foi pega
"de uma legião estrangeira que destruímos". O vídeo foi publicado pelo
portal UOL.
Morte em conflito
O Itamaraty também informou
que o brasileiro morreu “em decorrência do conflito” em território
ucraniano. E destaca que mantém contato com os familiares para prestar
“toda assistência cabível, em conformidade com os tratados
internacionais vigentes e com a legislação local”.
Nascido em
Porto Alegre e criado em Eldorado do Sul, no Rio Grande do Sul, ele
chegou à Ucrânia no final de fevereiro pela fronteira com a Polônia,
tendo ido até lá pagando a passagem do próprio bolso. Antes de ir para a
Ucrânia ele esteve em Portugal, vindo de Fortaleza, onde morava.
Segundo a família, um soldado português testemunhou quando Hack Bahi foi alvejado.
Por
já ter experiência de combate — além de ter servido e trabalhado como
segurança privado no Brasil, ele já tinha feito parte da Legião
Estrangeira da França —, rapidamente passou a integrar as Forças
Especiais do Exército ucraniano, ao lado de outros dois brasileiros,
Leanderson Paulino e André Kirvaitis.
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Em entrevista ao GLOBO,
Jamille Salati, mãe de dois filhos de Hack Bahi, contou que ele sonhava
em participar de confrontos militares e fantasiava morrer no campo de
batalha:
— Ele sempre teve esse sonho. Gostava muito de ver o
filme “O resgate do soldado Ryan” e dizia que o seu sonho era ir para a
guerra, lutar e morrer como herói — afirmou Salati ao GLOBO. — Eu achava
um delírio. Como ele podia pensar uma coisa dessas?
Salati e Hack
Bahi tiveram dois filhos, Leonardo, de 14 anos, e Manuelle, de 9. Eles
se conheceram em Eldorado do Sul, na região metropolitana de Porto
Alegre, há 19 anos, e se separaram há 9. Ele ainda teve outra filha,
Álexyà, de dois anos, com sua atual esposa, que vive em Fortaleza, onde
ele também morava antes de ir para a Ucrânia, passando por Portugal.
Assista AQUI o vídeo.
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