sexta-feira, 24 de julho de 2020

'Jamais pensei que matariam meu filho por ser homossexual', diz mãe de jovem apedrejado e queimado; adolescente confessou crime

By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 Imagem: Divulgação

A mãe do jovem que foi agredido e queimado vivo por ser homossexual, na cidade de Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, falou que nunca esperava que o filho fosse morto por causa da orientação sexual.
Guilherme de Souza, de 21 anos, estava voltando para casa na madrugada de domingo (12), quando foi abordado pelo adolescente de 14 anos, que confessou o crime. Ele foi apedrejado com a ajuda de outro adolescente, de 16 anos, e quando ficou inconsciente, foi arrastado e levado para uma casa abandonada, onde foi queimado. 
Continua depois da publicidade
“Ele era uma pessoa boa, alegre, brincava com todo mundo. Jamais na minha vida eu ia pensar que ia acordar de manhã e receber uma notícia dessas. Qualquer mãe pensa que um dia o filho vai chegar em casa porque alguém bateu, fez alguma coisa pelo fato dele ser homossexual. A gente sempre se preocupa, a mãe sempre se preocupa com isso. Mas jamais na minha vida eu ia pensar que iam matar meu filho daquela forma, daquele jeito, por ele ser homossexual”, disse Franciane de Souza, mãe de Guilherme, emocionada. 
O adolescente de 14 anos, que premeditou e ateou fogo em Guilherme, sozinho, foi apreendido pouco depois do crime e confessou ter matado a vítima. Segundo a polícia, na primeira versão, ele disse que teve uma discussão com a vítima, que teria xingado a mãe dele.
No entanto, durante as investigações, a polícia descobriu que, na verdade, o crime foi por homofobia. O adolescente de 14 anos teria dito a pessoas na cidade que estava incomodado como o jovem olhava para ele. Para o delegado Rivaldo Luz, coordenador regional de Polícia Civil da região, o adolescente disse que não se arrepende do crime.
"Ele foi muito frio no seu depoimento. Confirmou que matou e disse que a vítima havia o assediado na semana anterior e ele decidiu que iria matar a vítima. Uma semana depois encontrou com a vítima e, acompanhado de uma pessoa, já deu um chute na vítima, jogou no chão, deu três pedradas na cabeça e a vítima desmaiou no local", disse o delegado
"Juntamente com o outro menor que também participou da agressão, o arrastou até uma casa abandonada onde tinha um colchão velho, e ateou fogo na vítima e aguardou o corpo ser completamente carbonizado, o que demonstra uma frieza, uma tranquilidade para cometer o crime, e em momento nenhum ele demonstrou arrependimento do fato”, completou. 
Continua depois da publicidade
Algumas pessoas que presenciaram as agressões e não acionaram a polícia estão sendo identificadas e podem responder criminalmente por omissão de socorro.
"Essas pessoas também podem responder por isso, porque ninguém chamou a polícia. Embora as pessoas não tenham visto a parte do fogo, mas a parte da agressão as pessoas presenciaram, algumas pessoas correram, porque foi um fato violento e era uma rua escura. As pessoas podem responder criminalmente por isso também", explicou o delegado.
O outro jovem suspeito de participação no crime, estava previsto para se apresentar na delegacia na quinta-feira (16). Segundo o delegado, ele não ateou fogo na vítima, mas participou da agressão e também deve responder criminalmente pelo fato. 
OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA NOTICIAS. OS COMENTÁRIOS IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE AUTORIZAÇÃO OU CITAR A FONTE

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.