terça-feira, 28 de julho de 2020

Investigação aponta que policiais informavam quadrilha sobre operações e vida pessoal de colegas em Irati

By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: PORTAL CLIQUE Imagem: Kelly Ramos
Uma organização criminosa. Esta é a definição dada pelo delegado de Polícia Civil de Irati, Paulo Ribeiro, responsável pela investigação da atuação de uma quadrilha na região, que estaria contando com informações sigilosas, repassadas por dois policiais militares, que foram presos na manhã desta terça-feira (28).
De acordo com o delegado em entrevista ao Portal Clique (entrevista abaixo), toda a situação culminou após um confronto ocorrido na área rural de Prudentópolis, em 30 de abril deste ano, onde sete integrantes de uma quadrilha foram mortos em confronto com equipes da PM.
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Desde então, policiais de Irati passaram a sofrer ameaças de morte de pessoas que fariam parte de uma ramificação da quadrilha. “Eles queriam executar os policiais envolvidos na ação e conseguimos materializar provas dessa intenção”, conta o delegado.
A Polícia Civil começou a investigar a situação após receber relatório da Policia Militar com informações sobre as ameaças.
O delegado conta que em uma primeira operação ocorrida em junho foram cumpridos mandados de busca e apreensão e na oportunidade um homem foi preso por posse de arma de fogo e vários objetos apreendidos, como celulares, cadernos com anotações, notebooks. “Tudo isso passou por análise e através de outras diligências, apareceu o envolvimento de dois policiais militares da região como fornecedores de informações sigilosas”, relata.
O delegado conta que os dados repassados envolviam desde operações, informações pessoais de policiais, de veículos e endereços. “É importante cortar esse fluxo de informações entre esses policiais militares e a quadrilha, que ainda persiste, mesmo pequena. Vamos continuar investigando para saber o que está acontecendo”, expressa.
Ribeiro é enfático ao dizer que a relação direta com a quadrilha resultou na formação de uma organização criminosa e que os policiais envolvidos deverão responder por esse crime, além da violação de sigilo funcional, que é o repasse de informações que somente eles deveriam ter acesso.
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Segundo o delegado, os policiais presos permaneceram em silêncio ao serem levados a interrogatório. A Polícia Civil vai continuar as investigações. Nesta terça-feira (28) outros materiais foram apreendidos, como celulares, que passarão por perícia.
Os policiais detidos estão lotados na 8ª Companhia Independente de Polícia Militar e no 27º Batalhão de Polícia Militar, que tem sede em União da Vitória.
Entrevista
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Dois policiais militares são presos por fornecerem informações para criminosos em Irati.

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