By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: JORNAL EXTRA – Imagem: Zeca Gonçalves (O Globo)
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A estatal
disse ainda que a tarifa extra foi necessária para cobrir custos “de
manutenção da integridade dos empregados, das encomendas e até das
unidades dos Correios”. Segundo a empresa, a cobrança poderá ser
suspensa a qualquer momento, desde que a situação de violência seja
controlada.Em 2017, o EXTRA revelou que a cada quatro horas um veículo dos Correios é alvo de assalto no estado do Rio. Em 2016 foram registrados 2.317 ocorrências de roubos de cargas envolvendo a empresa.
Aumento de tarifa entre capitais
Os Correios anunciaram ainda que vão aplicar um reajuste médio de 8% nas tarifas do frete de encomendas para os objetos postados entre capitais e nos âmbitos local e estadual já a partir do dia 6 de março. A empresa não divulgou uma tabela de preços praticados no balcão para Sedex e outros serviços, e também não informou os percentuais de reajuste para outras localidades do país.
Segundo a estatal, trata-se de uma revisão anual de preços e a definição dos valores cobrados “é baseada no aumento dos custos relacionados à prestação dos serviços, que considera gastos com transporte, pagamento de pessoal, aluguéis de imóveis, combustível, contratação de recursos para segurança, entre outros”.
Impacto para venda online
De
acordo com especialistas, os novos valores de frete vão atingir as
transações realizadas no varejo online em todo país, incluindo pequenos e
médios empreendedores. Para órgãos de defesa do consumidor, essa conta
será repassada ao comprador de produtos eletrônicos.— Esse movimento dos Correios é muito sério e, em alguma medida, o aumento será repassado ao consumidor final que faz compras pela internet. O que lamento é não haver mais competição no mercado de entregas. O que podemos dizer é que deve fortalecer o comércio local e a regionalização — avalia André Miceli, coordenador do MBA em Marketing Digital da Fundação Getulio Vargas (FGV).
O anúncio do aumento levou lojas virtuais a iniciarem uma campanha na tentativa de mobilizar seus clientes contra o reajuste. O Mercado Livre, por exemplo, diz que o ajuste impacta diretamente os pequenos e médios empreendedores, ressaltando que só na plataforma mais de 110 mil famílias têm as vendas como fonte de renda. O site comparou o custo do frete no Brasil com outros países onde também opera e diz que o serviço brasileiro é 42% mais caro do que o da Argentina, 160% mais caro do que no México e 282% mais caro do que na Colômbia.
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