sexta-feira, 25 de março de 2022

'Wal do Açaí' nunca foi a Brasília e prática é comum, diz Bolsonaro

By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: R7 Imagem: Antonio Cruz (Agência Brasil)
O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou o entendimento do MPF (Ministério Público Federal) no caso da funcionária Walderice Santos da Conceição, conhecida como "Wal do Açaí". A instituição propôs ação de improbidade administrativa contra ele e a ex-secretária parlamentar da Câmara dos Deputados depois que uma investigação mostrou que ela nunca esteve em Brasília e não exerceu nenhuma função relacionada ao cargo que ocupava.
Para Bolsonaro, é comum que parlamentares empreguem funcionários que não estão no Distrito Federal. "Ela nunca esteve mesmo em Brasília, mora em um distrito de Angra dos Reis. 
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Tem deputado aqui, não vou perguntar para não… Duvido qual deputado fora do DF que não tenha… Pode ter no máximo 25 servidores? Em média, metade fica aqui e metade no estado. Esse pessoal do estado não vem a Brasília, toma posse por procuração. Fiz isso a vida toda."
O presidente disse que os procedimentos contra Wal acabam "humilhando uma senhora casada, como se fosse uma bandida", e acrescentou: "Por que não investiga todo mundo? Só para cima de mim? Se bem que aqui é um tiro na água. Dá até vergonha o MP investigar aí. Wal nunca esteve em Brasília? Não precisa investigar, eu digo, é verdade, estou confessando". 
"Ó, MP: se quer cobrar só da Wal R$ 300 mil, cobra de todo mundo. Tem mais gente, vai passar do milhão. Eu fiquei 28 anos dentro da Câmara, metade fora, vou ter que devolver uns R$ 20 milhões. Cobra logo R$ 20 milhões. Por que em cima da Wal? Se todos os meus servidores… 
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Metade deles estava no Rio de Janeiro? Agora, também abra processo de toda a Câmara e todo o Senado. Exceto o pessoal do DF, acho que dificilmente não tenha servidor no estado."
Segundo o MPF, "as condutas dos requeridos e, em especial, a do ex-deputado federal e atual presidente da República Jair Bolsonaro desvirtuaram-se demasiadamente do que se espera de um agente público. No exercício de mandato parlamentar, não só traiu a confiança de seus eleitores, como violou o decoro parlamentar, ao desviar verbas públicas destinadas a remunerar o pessoal de apoio ao seu gabinete e à atividade parlamentar".
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