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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: O ANTAGONISTA – Imagem: DivulgaçãoDurante sua live semanal, Jair Bolsonaro defendeu o ministro da Educação, Milton Ribeiro, acusado de ter liberado recursos para prefeituras a partir da influência de dois pastores evangélicos, Arilton Moura e Gilmar Santos.
Bolsonaro
alegou que antes mesmo das denúncias do Estadão e Folha de S. Paulo, a
Controladoria-Geral da União e a Polícia Federal já tinham instaurado investigações sobre o caso.
“O Milton, coisa rara de eu falar aqui, eu boto a minha cara toda
no fogo pelo Milton. Estão fazendo uma covardia com ele.
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A PF já abriu
um procedimento para investigar o caso também, que está na esteira do
que a CGU vinha fazendo. Agora, tem gente que fica buzinando, faz chegar
para mim: ‘Manda o Milton embora, já tem um bom nome para botar aí’.
Tem gente que quer botar alguém lá, mas não fala publicamente”, disse o presidente há pouco.
De acordo com Bolsonaro, em 27 de agosto do ano passado, Milton Ribeiro fez duas denúncias sobre a atuação dos pastores à CGU.
Em seis meses, o órgão chegou à conclusão de que não houve o
envolvimento de servidores públicos no episódio, por isso arquivou o
procedimento administrativo.
Mesmo assim, segundo Bolsonaro, em 3 de março deste ano, a CGU pediu que a Polícia Federal investigasse a atuação dos pastores.
“Por
que não tem corrupção no meu governo? Porque a gente age dessa maneira.
A gente sempre está um passo à frente. Ninguém pode pegar alguém e
dizer ‘oh, você esta desviando’. Tem que ter prova. Senão, é uma ação
contra a gente. O Milton tomou as providências. E aí, alguns falam: ‘Ah,
ele tinha 19 agendas [com os pastores]’. Se ele tivesse armando, não
teria botando na agenda oficial, aberta ao público. É muito simples.
Quando o cara quer armar, ele vai para uma piscina, vai em um fim de
mundo ai, vai para uma praia, vai para o meio do mato.
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E assim que ele
age. Não coloca na agenda, o nome do corruptor”, acrescentou o presidente da República.
Como registramos há pouco, após a denúncia, a ministra do STF, Cármen Lúcia, determinou a instauração de inquérito sobre Milton Ribeiro
e autorizou a oitiva de Milton Ribeiro, dos pastores Gilmar Santos e
Arilton Moura, além dos prefeitos Nilson Caffer, Adelícia Moura, Laerte
Dourado, Doutor Sato e Calvet Filho.
Na última terça, áudio publicado pela Folha mostrou Milton Ribeiro falando em priorizar amigos de pastores a pedido de Bolsonaro. O esquema, apelidado de Bolsolão do MEC, foi revelado pelo EstadãoMATÉRIA RELACIONADA:
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