sábado, 11 de julho de 2020

Professores ameaçam greve após onda de demissões em universidades: “Pandemia é usada como pretexto”

By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B Imagem: Divulgação

Uma avalanche de demissões de professores atinge as universidades particulares de Curitiba. Nas últimas semanas, profissionais da UniCuritiba, Universidade Positivo, Uninter e UniBrasil foram dispensados e para o Sindicato dos Professores do Ensino Superior de Curitiba e Região Metropolitana (Sinpes) “a pandemia é usada como desculpa para justificar as demissões”. O Sinpes ainda alerta que a categoria pode entrar em greve, para tentar frear esta onda de desligamentos.
Segundo o presidente do Sinpes, Valdir Perrini, existem outras universidades em Curitiba que não estão reagindo à pandemia com demissões. “A maior coincidência nestas universidades é a aquisição por grupos econômicos que visam resultados positivos e lucros de qualquer forma. Com isto, eles estão precarizando o ensino e o emprego dos professores. A pandemia está sendo usada como pretexto. Na Universidade Tuiuti, por exemplo, nós não temos esta montanha de demissões”, apontou.
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O presidente ainda denunciou algumas ‘manobras’ das Universidades. Para Perrini, além dos professores, os alunos também estão sendo prejudicados. “Estas universidades estão transformando tudo o que podem em Ensino à Distância (EAD). Eles estão alterando os currículos para ficar no mínimo exigido pelo Ministério da Educação (MEC). Alguns cursos destas universidades tinham um número mínimo de carga horária de aulas para os alunos”, alertou.
Greve?
Diante da situação, o presidente do Sinpes revelou que o sindicato está se alinhando com movimentos estudantis para resistir às mudanças. A partir do mês de agosto, uma greve da categoria não está descartada. “Esta é uma situação muito grave para os alunos que estão matriculados e/ou que pretendem entrar nas universidades. Vamos fazer uma pauta com reivindicações para a Convenção Coletiva 2020/2021. A ideia é regulamentar o lucro destes grandes grupos econômicos”, concluiu.
Repostas
A reportagem da Banda B entrou em contato com cada uma das universidades citadas no início da reportagem. Veja abaixo, o que cada uma disse em relação à onda de demissões.
Universidade Positivo
Em nota, a Universidade Positivo informou que as recentes demissões de docentes fazem parte da rotatividade normal de funcionários da instituição.
UniCuritiba
A UniCuritiba, por sua vez, apontou que as informações citadas anteriormente são maldosas, distorcidas e inverídicas e esclarece que “não há qualquer fundamento legal e nem fático que possa ensejar eventual movimento grevista, pois não está em curso qualquer negociação coletiva e nem há impasse dela decorrente”.
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Por fim, a instituição reafirma que é uma das maiores organizações educacionais particulares de ensino superior que, conforme avaliação oficial do MEC, tem a maior porcentagem de instituições de ensino superior com notas 4 e 5 (em um total de 5)”.
Leia a nota na integra 
Nota de Posicionamento – UNICURITIBA
Tendo em vista a existência de afirmações distorcidas e inverídicas, que estão sendo maldosamente veiculadas, o UNICURITIBA esclarece:
1- A Ânima é uma das maiores organizações educacionais particulares de ensino superior que, conforme avaliação oficial do MEC, tem a maior porcentagem de instituições de ensino superior com notas 4 e 5 (em um total de 5), figurando, assim, na Zona de Excelência do IGC, que é principal indicador de qualidade do MEC;
2- Não há qualquer fundamento legal e nem fático que possa ensejar eventual movimento grevista, pois não está em curso qualquer negociação coletiva e nem há impasse dela decorrente;
Lado outro, inexistem quaisquer controvérsias acerca de questões trabalhistas, sendo que, atendendo um pedido dos docentes, a instituição suspendeu o Edital de Seleção de Professores para Concessão do Regime de Trabalho de Tempo Integral e Parcial, em razão de dúvidas suscitadas, fato já devidamente esclarecido ao Ministério Público do Trabalho;
3- Não guarda qualquer relação com a realidade a informação inverídica de que estaria sendo promovida demissão em massa em nossa instituição.
Há apenas um mero turnover natural, que sempre ocorre a cada semestre, totalmente calcado na meritocracia, fruto de avaliação criteriosa;
4- O currículo proposto por nossa instituição visa, em realidade, aperfeiçoar, ainda mais, a alta qualidade de ensino do UNICURITIBA, com métodos e tecnologias educacionais que organizam melhor os conteúdos, propiciam uma formação holística e capacitam os estudantes para o concorrido mercado de trabalho, tudo com o cumprimento estrito das novas diretrizes do MEC;
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5- Fomos informados da existência da propositura de uma ação judicial questionando a evolução do projeto pedagógico, mas ainda não fomos citados e nos pronunciaremos nos autos para esclarecer eventuais dúvidas e incompreensões, certos da excelência de nossas propostas. Nunca foi simples propor e implementar inovações e novas tecnologias educacionais em nossas escolas, mas o esforço sempre valeu a pena, pois trouxe resultados incontestáveis que colocam nossas instituições entre as melhores de suas regiões e do país, consoante conceitos do próprio MEC e outros tantos indicadores.
Uninter
A reportagem da Banda B tenta contato com a Uninter. Até o fechamento desta matéria, não obtemos retorno.
UniBrasil
O UniBrasil Centro Universitário informou à Banda B que não se posicionará sobre as demissões.
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