By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
O Brasil permanece na liderança do quadro de Medalhas. (Confira abaixo).
Após show nos 400m, Petrúcio se emociona e dedica ouro a irmão que faleceu de leucemia
O velocista Petrúcio Ferreira se lançou em um desafio ousado nos Jogos
Parapan-Americanos de Lima. O paraibano que compete na classe T47 e é
especialista nos 100m decidiu que era hora de apostar suas fichas na
disputa dos 400m. Na noite desse domingo, ele venceu a final da prova na
capital peruana com o tempo de 49s25, quase 1s à frente do segundo
colocado. Após conquistar o ouro Petrúcio dedicou o triunfo ao irmão que
morreu em razão de uma leucemia esse ano, e relembrou momentos difíceis
que viveu recentemente.
- Eu cito duas coisas que aconteceram comigo no início do ano. Às vezes
as pessoas pensam que é fácil. Eu tava de férias, fui tomar um banho de
rio e acabei quebrando o rosto (fratura de maxilar e dois dentes
quebrados). Mergulhei no rio e bati de cara. Achei que não iria voltar a
correr a tempo pra fazer índice pro Parapan. Mas na primeira competição
do ano carimbei o passaporte duas vezes: Parapan e Mundial - lembrou
Petrúcio.
Por causa do acidente, ele precisou fazer uma dieta estritamente
líquida e reduziu a carga dos treinos. O acidente não foi o único
obstáculo do corredor, que é uma das estrelas do esporte paralímpico do
Brasil. Petrúcio precisou superar também um drama familiar. Seu irmão
morreu em função de uma leucemia. Ainda à beira da pista, com os olhos
marejados e enrolado em uma bandeira do Brasil, ele dedicou o ouro ao
irmão e à família.
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Gêmeas brasileiras da natação vencem preconceito e fazem dobradinha no Parapan
A festa foi completa para a família Carneiro nos Jogos
Parapan-Americanos de Lima. No domingo, as gêmeas Débora e Beatriz
fizeram uma dobradinha nos 100m peito SB14, classe para atletas com
deficiência intelectual. Ouro e prata para o Brasil que levaram o pai
Heraldo às lágrimas na arquibancada. Era a confirmação de que as filhas
têm sim seu lugar no mundo. Elas encontraram na natação um espaço em que
são aceitas.
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Daniel Dias chega ao 29º ouro em noite de dobradinhas e pódio completo do Brasil na natação
Vinte e nove medalhas. Vinte e nove ouros. Daniel Dias não entra na
piscina para brincar no Parapan. A mais recente medalha chegou nesta
segunda-feira nos 50 metros livre, classe S5, prova em que o brasileiro é
especialista. Ele já tinha conquistado um ouro em Lima e ainda
disputará mais três provas neste Parapan.
- A prova que gosto de nada, que estou treinando e me dedicando, claro
que tem muito a melhorar, mas a medalha é uma grande conquista. Agora é
tentar melhorar ainda mais para o Mundial - disse Daniel Dias sobre a
competição que acontece já no mês que vem, em Londres.
Mas não foi apenas o grande astro brasileiro quem brilhou na natação em
Lima nesta segunda-feira. O Brasil também conseguiu 15 medalhas na
piscina em Lima. Destaque para as dobradinhas de Joana Silva e Patrícia
Pereira, nos 50 m livre, classes S5 (S3-S4), de Matheus Rheine e Wendell
Pereira, nos 400m, da S11, e para um pódio totalmente brasileiro, com
ouro, prata e bronze nos 50m livre, da S9, com Ruiter Silva, João Pedro
Olivia e Vanilson do Nascimento Filho.
- Fico extremamente feliz pelo o que a gente está vivendo aqui, não só
eu mas o Brasil. Agora mesmo que legal uma dobradinha Joana e Patrícia.
Antes o Ruiter, Vanilson e João, com o pódio todo. A natação está
mostrando o quanto a gente está forte, com essa geração forte que está
vindo. Espero que continue assim - afirmou Daniel Dias.
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Verônica Hipólito celebra prata no Parapan: "Achei que não ia conseguir voltar, isso é meu ouro"
Foram mais de 200 tumores na vida. Mas o que importa para Verônica
Hipólito são aqueles 200 metros. E como ela sempre supera os desafios,
venceu mais esse. Medalhista de prata nos 200m classe T37 no Parapan de
Lima. Prata que ela celebrou como se fosse ouro. Ou mais.
- Isso aqui é o meu ouro. Eu não estava andando, eu não consegui
treinar para essa prova, eu não devia nem estar aqui no Parapan. Isso
aqui é tudo nosso. Nossa bandeira, nossa medalha. Várias vezes achei que
não ia conseguir voltar. Chorei demais. Muita dor. Mas tenho muita
gente que está comigo, principalmente meus pais. Na cama do hospital e
no alto do pódio. Lembro de cada nome de vocês. Prata de ouro – disse
Verônica Hipólito ao SporTV 2, depois de descer do pódio dos 200 metros
do atletismo com a medalha de prata no peito na capital peruana.
Aos 23 anos, em maio de 2018, Verônica teve de ser submetida a uma
cirurgia para a retirada de tumores do cérebro e iniciou uma difícil
recuperação. Antes, ela já havia superado um total de 200 tumores, um
AVC (acidente vascular cerebral) e a retirada de 90% do intestino
grosso.
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Vitória dupla: ouro nos 100 m livre, Phelipe Rodrigues se garantiu como atleta paralímpico
A alegria e o alívio de Phelipe Rodrigues durante este último domingo
(25/8) não foram causados apenas pela sensacional conquista da medalha
de ouro nos 100 m livre, classe S10, nos Jogos Parapan-Americanos Lima
2019. O nadador vivia momentos de tensão há meses, desde que passou por
uma reavaliação funcional que tornou nadadores como André Brasil inelegíveis para o esporte paralímpico.
Também considerado inelegível em princípio, Phelipe teve seu recurso
aceito e estava em reavaliação. Pela manhã, após entrar pela primeira
vez na água para as baterias classificatórias da prova dos 100 m livre,
ele finalmente recebeu a confirmação de que estava elegível de novo,
pelo menos até os Jogos Paralímpicos Tóquio 2020.
- Foram meses difíceis. Até psicologicamente, para me manter treinando.
Mas no final deu tudo certo - disse o nadador, que ainda estava em
observação quando se classificou para a final da prova.
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Ousadia e alegria: Petrúcio se aventura nos 400m e conquista primeiro ouro no Parapan
Homem mais rápido do mundo nos 100m (com 10s50) e nos 200m (com 21s10)
da classe T47 (para amputados de braço), o velocista paraibano Petrúcio
Ferreira, de 22 anos, decidiu que se lançaria em um novo desafio nesta
edição dos Jogos Parapan-Americanos: correr os 400m. E não é que deu
certo? Ele ficou com o ouro ao correr a distância em 49s25. Thomaz Ruan,
também do Brasil, num primeiro momento ficou com a prata (50s12), mas
depois foi desclassificado por invadir a raia interna.
Sem os 200m na lista de eventos do Parapan, Petrúcio resolveu se
arriscar na prova que já tinha rendido a ele uma prata nos Jogos
Paralímpicos Rio 2016. Especialista em distâncias curtas, o jovem já
tinha explicado em entrevista ao GloboEsporte.com, que considera
"radical" um mesmo atleta correr as três provas (100m, 200m e 400m), por
serem "muito distintas".
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Daniel Dias sobra nos 50m costas e abre o Parapan de Lima com medalha de ouro
Daniel Dias só sabe qual é o lugar mais alto do pódio em Jogos
Parapan-Americanos. Neste domingo, o nadador abriu sua participação nos
Jogos de Lima, sua quarta participação em Parapans, e conquistou o ouro
nos 50m costas S5. Foi o 28º título de Daniel Dias em um Parapan.
O experiente nadador de 31 anos sobrou na piscina. Completou a prova em
36s79, muito à frente do mexicano Oscar Castro (45s56) e do colombiano
Miguel Rincon (45s80). Apesar da grande vantagem, Daniel não alcançou o
próprio recorde do Parapan de 35s63, estabelecido em Guadalajara 2011
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Phelipe Rodrigues leva seu 2º ouro na natação, e Brasil chega a 20 medalhas douradas no Parapan
O Brasil abriu o 3º dia de competições no Parapan de Lima com medalha na natação. O pernambucano Phelipe Rodrigues conquistou seu segundo ouro ao garantir o primeiro lugar nos 200m medley classe S10.
Após a conquista, Phelipe relembrou a primeira medalha, o ouro nos 100m
livre S10, e comentou sobre a estratégia utilizada para se poupar para
as demais competições.
- Ontem foi bem legal, ganhei minha primeira medalha na estreia aqui no
Parapan, e acordar nesta segunda-feira e ganhar outro ouro, em uma
prova que não tenho o costume de ganhar, eu tinha bem mais gás, poderia
nadar melhor hoje, mas vou nadar outras seis provas aqui em Lima. Por
isso, administrei o resultado, segurei um pouco, para poder nadar as
outras bem também.
Além das modalidades já disputadas e conquistadas, Phelipe voltará a
cair na piscina para mais seis modalidades. O pernambucano disputará
também os 100m costas, 50m livre, 100m borboleta, 400m livre e dois
revezamentos.
- Está sendo um desafio legal. Entrei em provas das quais não sou
especialistas, mas pensei que já que há chance de brigar por medalha,
por que não ajudar meu país neste Parapan?, concluiu.
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Quadro de Medalhas
Pais
|
Ouro
|
Prata
|
Bronze
|
Total
|
1º Brasil
|
41
|
39
|
41
|
121
|
2º EUA
|
30
|
25
|
24
|
79
|
3º México
|
27
|
24
|
21
|
72
|
4º Argentina
|
11
|
17
|
23
|
51
|
5º Colômbia
|
11
|
13
|
18
|
42
|
6º Chile
|
07
|
03
|
07
|
17
|
7º Cuba
|
07
|
02
|
07
|
16
|
8º Canadá
|
06
|
06
|
05
|
17
|
9º Equador
|
05
|
04
|
03
|
12
|
10º Venezuela
|
02
|
07
|
10
|
19
|
Confira AQUI o quadro de medalhas atualizado e completo.
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