By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: FOLHA DE S PAULO – Imagem: Divulgação
Em
2022, o Brasil terá a 12ª maior dívida do mundo, representando 96,9% do PIB
(Produto Interno Bruto) brasileiro, segundo previsão do FMI (Fundo Monetário
Internacional) divulgada nesta terça (10). O valor absoluto estimado é de R$
8,8 trilhões.
No
ano passado, a dívida brasileira (na relação com o PIB) foi a 40ª maior do
mundo (78,3%). Em abril, o FMI previa que o país teria a 19ª maior dívida
global em 2022.A piora do Brasil é reflexo da deterioração das contas públicas,
com as receitas (em queda devido à recessão) não acompanhando o ritmo de
crescimento das despesas.
O
governo Michel Temer prevê que neste ano haverá um deficit primário de R$ 159
bilhões –quarto ano seguido de rombo nas contas públicas.
Pelas
projeções do Fundo para 2022, à frente do Brasil estarão países ricos como
Japão –no topo da lista, com dívida bruta de 233,9% do PIB– e EUA (109,6% do
PIB), mas também Líbano, Eritreia e Cabo Verde.
A
projeção para as grandes economias emergentes está bem abaixo do Brasil, com
previsão, para 2022, de uma dívida chinesa equivalente a 62,2% do PIB do país,
e, na Índia, de 59,6%.
Em
2017, a dívida já representa 83,4% da renda brasileira, pelos cálculos do FMI.
O número destoa dos cálculos do Banco Central, de que a dívida bruta brasileira
equivale hoje a 76,2% do PIB.A diferença se dá, em parte, porque,
diferentemente do governo, o FMI inclui na dívida títulos do Tesouro que são
negociados pelo Banco Central para regular a quantidade de dinheiro na
economia.
Um
dos principais critérios usados pelas agências globais de "rating"
para avaliar a capacidade de solvência de um país é justamente a dívida bruta.
Um
cálculo divulgado na segunda-feira (9) pela Instituição Fiscal Independente
(IFI), órgão do Senado que acompanha as contas públicas, é ainda mais
pessimista, dizendo que a dívida bruta do governo pode superar os 100% do PIB
já em 2020.Para o governo, a forma de evitar a dívida crescente é passar a
reforma da Previdência, para ajudar a segurar os gastos obrigatórios.
Aos
jornalistas nesta terça, a chefe da Divisão de Estudos Econômicos Mundiais do
FMI, Oya Celasun, disse que a reforma seria importante para ajudar o país a
melhorar sua perspectiva fiscal.
"O
teto de gastos aprovado no início do ano foi um passo bastante importante nesta
direção. O próximo é aprovar a reforma da Previdência em um tempo razoável, sem
muitas diluições a partir do que foi proposto pelo governo", disse
Celasun.
CRESCIMENTO
O FMI
também divulgou, em seu relatório Panorama Econômico Global, nesta terça, um
aumento na sua estimativa de crescimento do PIB do Brasil neste ano, de 0,3%,
em julho, para 0,7%, com base nos bons resultados vistos no campo e na alta do
consumo impulsionada pela liberação do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço).Para 2018, também houve um leve crescimento em relação aos dados
divulgados em julho, de 1,3% para 1,5%.A previsão para este ano (0,7%) casa com
a de agentes do mercado reunidas pelo Banco Central no boletim Focus, que, no
entanto, ainda está mais otimista que o FMI para o próximo ano, com estimativa
de alta de 2,4%.A aparente reticência do FMI sobre 2018 tem por base "a
fraqueza contínua no investimento e o aumento da incerteza política".
O relatório de abril foi publicado antes de estourar,
no Brasil, o escândalo envolvendo Temer, que levou às denúncias de corrupção passiva,
obstrução da Justiça e participação em organização criminosa contra o
presidente.
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