By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: CONGRESSO EM FOCO – Imagem: Divulgação
As
negociações do presidente Michel Temer com os deputados para garantir que a
segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República seja sepultada na Câmara
esta semana envolveram pelo menos R$ 12 bilhões. O jornal O Globo informa que
ao valor devem ser acrescentados cargos e benesses de valor inestimável, como a
mudança no combate ao trabalho escravo.
Só de
emendas parlamentares pagas desde o início de setembro foram R$ 881 milhões.
Mas houve ainda uma frustração de receita com o novo Refis, estimada até o
momento em R$ 2,4 bilhões; a desistência de privatizar Congonhas no ano que
vem, cuja outorga era estimada em R$ 6 bilhões, e, por fim, a possibilidade de
abdicar de R$ 2,8 bilhões com a anistia de parte das multas ambientais prevista
no decreto editado na segunda-feira.
O Palácio do Planalto acelerou a liberação de recursos
para o empenho de emendas parlamentares obrigatórias desde setembro, quando
apareceu a segunda denúncia contra Temer. Foram R$ 881,3 milhões em menos de
dois meses, sendo R$ 607,9 milhões apenas nos primeiros 21 dias de outubro e R$
273,4 milhões em setembro. No final da semana passada, grandes volumes foram
liberados para deputados e senadores: R$ 122,4 milhões na sexta-feira e ainda
R$ 53,2 milhões no sábado, segundo os dados da Comissão Mista de Orçamento
(CMO).
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