By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair
Bolsonaro, falou nesta quinta-feira (28) sobre a possibilidade de as
Forças Armadas colocarem "pano quente" no conflito entre os Poderes para
restabelecer o "jogo democrático".
Na quarta-feira (27), Eduardo já havia dito que uma "ruptura" não é questão de "se", mas de "quando" ocorrerá.
Defendeu ainda uma medida enérgica pelo pai após a decisão do ministro
Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizar uma operação contra fake news que tinha como alvos aliados do presidente. Partidos e autoridades reagiram à declaração.
"E vou me valer de novo das palavras de Ives Gandra Martins: o poder
moderador para restabelecer a harmonia entre os Poderes não é o STF, são
as Forças Armadas (...) Eles [Forças Armadas] vêm, põem um pano quente,
zeram o jogo e, depois, volta o jogo democrático. É simplesmente isso",
afirmou Eduardo na manhã desta quinta à rádio Bandeirantes.
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Em março, o jurista Ives Gandra da Silva Martins afirmou em um vídeo
que a atuação de ministros do STF poderia, segundo ele, resultar em
intervenção das Forças Armadas para solucionar um impasse entre os
Poderes. É uma interpretação dele sobre o artigo 142 da Constituição.
Esse artigo da Constituição diz que as Forças Armadas são instituições
nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e
na disciplina, sob a autoridade suprema do presidente da República, e
destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais
e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
A possibilidade de as Forças Armadas atuarem, afirmou Eduardo, depende
de "clamor popular". Eduardo citou o golpe militar de 1964 como exemplo:
"Os militares [em 1964] só entraram em ação depois do clamor popular.
Ninguém quer isso. No entanto, as pessoas que não conseguem enxergar
dentro do STF e no Congresso instrumentos para reverter esse tipo de
desarmonia entre os Poderes, eles se abraçam no artigo 142".
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