By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: AGENCIA BRASIL – Imagem: Divulgação
"Até o momento, não existe nenhum caso suspeito de coronavírus no Brasil", afirmou o secretário substituto de Vigilância em Saúde, Júlio Croda, ao explicar a jornalistas que o ministério vem acompanhando a situação mundial desde 31 de dezembro, quando o primeiro caso de infecção pelo novo coronavírus (219-nCoV) foi oficialmente registrado na China. Segundo o secretário, o Brasil está preparado para lidar com uma eventual epidemia da doença.
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Evitando comentar o resultado dos exames laboratoriais a que as
pessoas foram submetidos nos cinco casos reportados como suspeitos, o
secretário foi taxativo: “A Organização Mundial da Saúde estabeleceu
dois critérios [para atestar a presença do coronavírus no organismo]. Um
clínico: a pessoa precisa ter febre e mais algum sintoma respiratório. E
temos os critérios epidemiológicos, que são três: ter viajado para
Wuhan, na China; ter tido contato com algum paciente suspeito de
coronavírus ou com algum paciente com [a doença] já confirmada. São
estas as situações em que uma pessoa pode ser enquadrada em um caso
suspeito.”Para Croda, há um justificado “medo generalizado” diante da nova doença que, além da China, já se espalhou por oito países (Arábia Saudita, Cingapura, Coreia do Sul, Estados Unidos, Japão, Tailândia, Taiwan e Vietnã). Por isso, disse o secretário, para evitar alarmismo e gastos desnecessários, é importante que os gestores de saúde estaduais se informem sobre as características do coronavírus e a respeito dos critérios estabelecidos pela OMS.
“A recomendação para os gestores é: leiam o boletim epidemiológico [divulgado pelo Ministério da Saúde]. Serviços de vigilância epidemiológica, leiam o boletim! Enquadrem suas suspeitas na definição de caso aqui colocado, que é a mesma da OMS. No momento, esta é a principal recomendação para os gestores. Que sigam as recomendações do ministério”, declarou o secretário substituto, reconhecendo que a definição de casos de doenças é dinâmica e precisa ser revista a todo instante.
“Em muitos momentos, a vigilância epidemiológica estadual se antecipa e toma medidas preventivas necessárias e solicita os exames necessários. Não há nenhum problema em relação às [secretarias estaduais] reportarem um possível caso ao ministério.
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Trabalharemos
juntos para esclarecer a situação”, comentou o secretário substituto,
garantindo que, ontem mesmo, entrou em contato com a secretaria de Saúde
de Minas Gerais para tratar do caso reportado como suspeito pela secretaria estadual. “É um caso que não se enquadra na atual definição da OMS.”Croda ressaltou que as secretarias estaduais têm autonomia para submeter a exames os casos que julgarem suspeitos, mas o Ministério da Saúde, com base na atual orientação da OMS, não recomenda que isto seja feito por julgar uma ação pouco efetiva e dispendiosa. “Não vamos fazer exames para todas as síndromes gripais, que são avaliadas de acordo com o protocolo de influenza, que é o vírus mais comum. Nestes casos, não há por que submeter [o paciente] ao protocolo de coronavírus”, acrescentou Croda, sem revelar o resultado dos testes a que foram submetidos os pacientes dos cinco casos que estados relataram como suspeita de coronavírus. “Eles foram encaminhados para exames laboratoriais para testagem de influenza. O resultado ainda estão sendo processados. Este teste não vai detectar coronavírus, mas sim influenza”.
O secretário substituto de Vigilância em Saúde garantiu que o Brasil está preparado para lidar com uma eventual epidemia da doença. "Por enquanto, segundo a OMS, a transmissão do vírus está restrita entre familiares e profissionais de saúde. E o Brasil está preparado. Já ativamos nosso Centro de Operações em Emergência para organizar a rede com os estados e estabelecer critérios de definição de casos. E, principalmente, atualizar diariamente as informações que forem surgindo, como eventuais mudanças na definição de casos", acrescentou Croda.
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