By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
O desembargador Antônio Carlos Amado, da 3ª Câmara Criminal do Tribunal
de Justiça do Rio, votou nesta terça-feira (28) pela concessão de
habeas corpus e por anular a decisão de primeira instância que quebrou
os sigilos bancário e fiscal do senador Flávio Bolsonaro (sem partido).
O desembargador é o relator de dois pedidos de habeas corpus feitos
pela defesa do senador. A sessão foi suspensa após o voto porque as
outras duas desembargadoras que votariam pediram mais tempo para decidir
se vão anular a quebra. Ainda não há data marcada para a retomada da
sessão.
O relator disse que, antes do pedido de quebra de sigilo feito pelo
Ministério Público do Rio de Janeiro, o senador deveria ter sido ouvido
ou intimado a depor, em respeito ao princípio constitucional do respeito
ao contraditório – o que, segundo o desembargador, não aconteceu.
Na mesma sessão, outro pedido de habeas corpus da defesa de Flávio Bolsonaro foi negado por Antônio Carlos Amado.
A defesa queria a anulação do compartilhamento do relatório do Conselho
de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) com o Ministério Público
do Rio com informações da movimentação financeira do senador.
Continua depois da publicidade
As investigações do MP do Rio sobre movimentações bancárias suspeitas
de 74 servidores e ex-servidores da Alerj começaram em julho de 2018.
Entre as movimentações consideradas atípicas estão operações feitas na
conta de Fabrício Queiroz, que foi assessor de Flávio quando ele era
deputado estadual no Rio.
O caso ficou parado de julho até novembro de 2019, até a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a legalidade do compartilhamento de informações do Coaf com o MP.
Em dezembro, o MP realizou uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão – entre os alvos das buscas, estava uma empresa que tem como sócio Flávio Bolsonaro.
Procurado, o advogado Frederick Wassef, que representa o senador, disse
não pode falar sobre o mérito do caso porque o processo se encontra em
segredo de Justiça. Mas afirmou que, "do que já se tornou público",
"salta aos olhos as arbitrariedades reiteradas cometidas contra o meu
cliente, senador Flávio Bolsonaro".
Veja abaixo a íntegra da nota da defesa de Flávio Bolsonaro:
"O
senador sofreu a quebra ilegal dos seus sigilos bancário e fiscal, sem o
conhecimento e autorização do poder judiciário. E quando do
compartilhamento de informações entre os órgãos de inteligência e o
Ministério Público, todas as regras e parâmetros legais foram
transgredidos, a caracterizar as nulidades absolutas e vícios
insanáveis. Não bastasse isso, de forma criminosa e reiterada, vazaram
todo o sigilo bancário e fiscal do senador a toda a imprensa. Quanto à
decisão de hoje pela concessão do habeas corpus, ela é absolutamente
acertada e nada mais é do que o cumprimento da lei, vez que sem qualquer
fundamentação jurídica o magistrado afastou o sigilo bancário e fiscal
de mais de 100 pessoas físicas e jurídicas, 12 anos pra trás, sendo que a
maioria dessas pessoas nunca tiveram vínculo com o senador".
OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE RESPONSABILIDADES
DO INTERVALO DA NOTICIAS. OS
COMENTÁRIOS IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE
AUTORIZAÇÃO OU CITAR A FONTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.