quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Lava Jato investiga desvios no pedágio e confirma prisão de diretor da Econorte em Londrina



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: FOLHA DE LONDRINA Imagem: Divulgação

Batizada como Operação Integração, a 48ª fase da Lava Jato foi deflagrada nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (22) com o cumprimento de 55 mandados de buscas e apreensões e seis de prisão temporária. Dois deles foram detidos em Londrina e permanecem na sede da Polícia Federal. Os policiais também apreenderam documentos em um escritório localizado em um edifício na rua Piauí, em um prédio do Calçadão, em um condomínio na Gleba Palhano e na sede da Econorte, concessionária que administra algumas praças de pedágio no Estado. 
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O foco da investigação é a suposta fraude na concessão de rodovias federais. Em entrevista coletiva, o Ministério Público Federal, por meio de perícias técnicas, identificou um superfaturamento de até 89% no valor da tarifa. As investigações apontaram que a Triunfo exercia o comando na Econorte e Rio Tibagi Engenharia. A empresa teria feito pagamentos a Adir Assad e Tacla Duran, considerados como o ponto de partida da operação. Segundo a Receita Federal, são R$ 56 milhões desviados em três anos.
O MPF registrou uma comparação com a tarifa média por quilômetro. No Paraná, o valor é de R$ 0,13. Em Goiás, o índice baixa para 0,4. Os procuradores ainda afirmaram que parte do dinheiro provenientes das tarifas tinha outro fins e não a manutenção e investimentos nas estradas.
O diretor da Econorte Hélio Ogama e o engenheiro Leonardo Guerra, administrador da Rio Tibagi Engenharia, foram detidos durante a operação em Londrina após a prisão temporária autorizada pelo juiz Sérgio Moro. O diretor do DER (Departamento de Estradas e Rodagem) no Paraná, Nelson Leal Júnior, também foi preso em Curitiba. Além deles, Moro ainda autorizou a prisão temporária de Oscar Alberto da Silva Gayer, Sandro Antonio de Lima e Wellington de Melo Volpato.
O advogado Rodrigo Antunes, que atua na defesa de Guerra, disse que ainda não teve acesso autos. O advogado Gabriel Bertin que defende Ogama não quis se pronunciar
Segundo a Polícia Federal, Nelson Júnior teria sido beneficiado com as transações financeiras. A operação também atingiu a Casa Civil. O assessor da pasta, Carlos Nasser, teve a prisão solicitada pela força-tarefa, o que foi indeferido pelo juiz Sérgio Moro por conta da elevada idade do investigado (78 anos). "Recomendando a prudência que se evite a temporária e sem prejuízo de eventual preventiva após a realização das buscas", escreveu no despacho. O pedido do MPF (Ministério Público Federal) era de 19 pedidos de prisão. Entretanto o juiz federal só expediu seis mandados. "Indefiro a temporária por entender que a medida, excepcional, não deve ser prodigalizada e deve ser reservada aqueles com aparente maior participação no esquema criminoso". No caso do empresário Gilson Beckert a prisão foi negada também por conta da idade.
O Palácio Iguaçu também foi alvo dos mandados expedidos pela Justiça Federal. O procurador do MPF, Carlos Fernando Lima, disse que agentes públicos foram alvos da investigação e que, por enquanto, não há agentes políticos sendo investigados.
A reportagem entrou em contato com a Econorte e aguarda retorno.



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