By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: PARANÁ PORTAL – Imagem: Divulgação
O juiz federal Sergio Moro intimou
a Polícia Federal nesta segunda-feira (22) esclarecer os motivos de ter
utilizado algemas nos pés e nas mãos do ex-governador Sérgio Cabral durante a transferência
do Rio para o Complexo Médico Penal, em Pinhais na Região Metropolitana de
Curitiba. O juiz federal Marcelo Bretas, do Rio de Janeiro, também cobrou
explicações. Cabral foi exposto à imprensa na semana passada enquanto chegava e
saía do exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML) em Curitiba.
“Entendo que a autoridade judicial
deve evitar interferências excessivas em situações para as quais o agente
encarregado da execução da diligência está melhor preparado para avaliar e
decidir. De todo modo, em conduções anteriores de presos no âmbito da Operação
Lavajato, inclusive de Sergio de Oliveira Cabral Santos Filho, vinha a Polícia
Federal evitando o uso de algemas em pés e mãos. Não raramente presos foram
conduzidos até mesmo sem algemas. Teve presente a autoridade policial a
orientação contida na conhecida Súmula vinculante 11 do Supremo Tribunal
Federal”, escreveu Moro no despacho.
“Assim, intime-se a autoridade
policial para, em contato com a escolta, esclarecer o ocorrido e os motivos da
utilização das algemas nas mãos e pés do condenado em questão naquele
episódio”, despachou o juiz de Curitiba.
Após a transferência de Cabral para
Curitiba, a defesa do ex-governador disse que vai recorrer à segunda instância
da Justiça Federal para derrubar a decisão que permitiu a saída dele do sistema
prisional do Rio.
Polêmica
Procedimento que levantou polêmica
ao ser adotado contra o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral na última
sexta-feira, em Curitiba, a escolta de presos com correntes nos pés não era
adotada na Lava Jato até a 47ª fase – a mais recente –, de novembro do ano
passado, quando foi preso o ex-gerente da Transpetro, Antonio de Jesus.
Cabral foi o segundo a ser
conduzido assim. Via de regra, os presos da operação vinham sendo levados para
fazer os exames no IML com as mãos nas costas, mas sem qualquer algema –
no máximo algemas nas mãos.
Cabral, porém, foi preso pelas mãos
e pés, procedimento que foi condenado pela defesa do ex-governador, que se
disse indignada “com tamanho espetáculo e crueldade”, disseram em nota.
Segundo levantou o Metro Jornal
Curitiba pelas imagens de todas as fases anteriores em que houve registro
fotográfico, o primeiro a ser acorrentado nos tornozelos foi o ex-gerente da
Transpetro, preso em 21 de novembro – um dia após a posse do atual
diretor-geral da PF, Fernando Segóvia.
A PF afirmou, em nota ao jornal O
Estado de São Paulo, que “tudo foi realizado dentro dos parâmetros e do
protocolo de segurança”, e que o esquema de escolta visava garantir a segurança
de Cabral.
O que diz a Justiça
Desde a última sexta, juristas têm
afirmado que a ação fere a 11ª Súmula Vinculante do STF (Supremo Tribunal
Federal), que diz que “só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de
fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia”,
tanto para prisões quanto para o transporte dos detidos.
Desde o início da Lava Jato, o juiz
Sérgio Moro tem autorizado o uso de algemas apenas nos mandados de prisão – e
não nos de condução coercitiva – “caso as autoridades policiais (…) reputem
necessário”. O juiz escreve que é “impossível nesta decisão [o mandado] antever
as possíveis reações” dos presos, mas acrescenta que deve ser observada a 11ª
Súmula Vinculante do STF.
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