By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
O menino de 10 anos que foi "detido" por portar uma arma de pressão em
um hospital público, vestido de militar do Batalhão de Operações
Policiais Especiais (Bope), visitou a corporação na tarde desta
quarta-feira (31). No 10º Batalhão da PM, em Ceilândia, ele foi recebido
pelos militares, ganhou homenagem e um pedido de desculpas. Os pais da criança também participaram da solenidade.
"A Polícia Militar convidou o garoto e a família dele para essa
reaproximação. Como ele ficou assustado ontem com a abordagem, com a
situação toda, a gente decidiu fazer essa homenagem", disse a tenente
Adriana Vilela, que participou da cerimônia.
"Também ressaltamos que o fato de ele usar farda é muito legal, mas
orientamos que a arma de airsoft não pode ser usada de forma ostensiva."
A tenente contou que policiais do Bope e do Grupamento Tático
Operacional (Gtop) participaram do evento. Durante a tarde, o menino fez
um percusso com os militares nos carros da corporação, recebeu uma
miniatura de um dos veículos e uma outra farda da PM.
A situação ganhou repercussão após a abordagem de um policial militar
que foi chamado ao hospital para averiguar a situação. Como o pai do
garoto não aceitou guardar a arma e o teria xingado, o PM deu voz de
prisão por desacato – chegando a algemar o homem em uma pilastra.
Ao G1,
a Polícia Militar disse que a Corregedoria será acionada. “Caso fique
verificado algum tipo de ilegalidade ou abuso na abordagem policial,
será aberto procedimento”, disse a corporação.
A mãe da criança, Gláucia da Costa Silva, disse à reportagem que o
policial puxou o braço do filho, mandando que entregasse a arma,
inclusive ofendendo a criança e o marido dela. “Meu filho está morrendo
de medo, nem quer mais vestir a farda. Pegou trauma.” Apesar disso, ela
declarou que vai aceitar o convite da PM.
O que está errado?
Ao contrário das armas de brinquedo, não há proibição para uso e venda de armas de pressão,
em especial aquelas de ar comprimido, airsoft e paintball. No entanto, a
PM afirma que neste caso houve, sim, desrespeito às regras impostas
pela legislação.
A lei diz que não se pode sair com armas do tipo sem a documentação
necessária, que pode ser exigida em qualquer situação. Também é proibido
conduzir a arma “ostensivamente” – ou seja, mantê-la à mostra. Segundo a
mãe, a arma foi comprada “legalmente”, e o documento da aquisição está
guardado.
A regulamentação desse tipo de arma também determina que o uso “só pode
ocorrer em locais autorizados para o exercício da atividade”.
A respeito da utilização da farda da PM, a corporação explica que não
há nada de errado, desde que seja por crianças. Adultos são proibidos: o
uso de uniforme, distintivo ou insígnia militar indevido prevê pena de
até seis meses de detenção.
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