By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Diário Catarinense – Imagem: Divulgação
De acordo com o inquérito apresentado pela degelada da mulher, Marilisa Boehm, a menina sofria agressões desde janeiro de 2010, quando ela foi trazida pelos tios de Bom Progresso, no Rio Grande do Sul. Mas o crime só foi descoberto em abril, no dia em que a vítima foi levada para o Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria com 16 hematomas e equimoses (roxos) espalhados pelo corpo e pela cabeça.
A menina foi trazida para Joinville porque a avó que a criava em Bom
Progresso, no Rio Grande do Sul, não tinha mais condições financeiras de
permanecer com a neta. Os pais biológicos, que seriam alcoólatras,
perderam a guarda da criança também são suspeitos de agredir a menina.
Antes de morar com a avó, a vítima chegou a viver com outro casal de
tios no Rio Grande do Sul.
Em Joinville, a vítima sofreu maus tratos desde o primeiro mês chegou. Em depoimento, ela contou que apanhava todos os dias com uma colher de pau dos pais adotivos. No entanto, a situação piorou depois que o "vô Nino", que não tem nenhuma relação de parentesco com o casal, passou a morar a com a família. A menina revelou que "vô Nino" esquentava agulhas no fogo e picava os dedos dela embaixo das unhas das mãos, nas orelhas e embaixo do pé. A vítima falou que era segurada pelo tio e que Jaqueline presenciava tudo sem fazer nada.
— A Jaqueline cometeu o crime de omissão, porque ela viu tudo o que estava acontecendo e não fez nada para impedir, sendo que ela poderia ter evitado os maus tratos — destaca Marilisa.
Durante a apuração do inquérito, Bremen se justificou afirmando que era possuído por um espírito chamado caboclo e que essa era forma de que ele encontrava para castigar a menina que, segundo ele, não era obediente, não sabia fazer continhas de matemática e fazia "orelhas de burro" no caderno da escola.
Segundo a delegada, a vítima recebia uma pensão do Governo porque havia perdido um dos rins aos dois anos de idade. O irmão da menina, que na época tinha 11 anos, também presenciou as cenas de agressão. Em depoimento, ele contou fazia cerca de três semanas que havia vindo morar a com a nova família e que não apanhava porque era obediente.
Em Joinville, a vítima sofreu maus tratos desde o primeiro mês chegou. Em depoimento, ela contou que apanhava todos os dias com uma colher de pau dos pais adotivos. No entanto, a situação piorou depois que o "vô Nino", que não tem nenhuma relação de parentesco com o casal, passou a morar a com a família. A menina revelou que "vô Nino" esquentava agulhas no fogo e picava os dedos dela embaixo das unhas das mãos, nas orelhas e embaixo do pé. A vítima falou que era segurada pelo tio e que Jaqueline presenciava tudo sem fazer nada.
— A Jaqueline cometeu o crime de omissão, porque ela viu tudo o que estava acontecendo e não fez nada para impedir, sendo que ela poderia ter evitado os maus tratos — destaca Marilisa.
Durante a apuração do inquérito, Bremen se justificou afirmando que era possuído por um espírito chamado caboclo e que essa era forma de que ele encontrava para castigar a menina que, segundo ele, não era obediente, não sabia fazer continhas de matemática e fazia "orelhas de burro" no caderno da escola.
Segundo a delegada, a vítima recebia uma pensão do Governo porque havia perdido um dos rins aos dois anos de idade. O irmão da menina, que na época tinha 11 anos, também presenciou as cenas de agressão. Em depoimento, ele contou fazia cerca de três semanas que havia vindo morar a com a nova família e que não apanhava porque era obediente.
Vítima contou que já foi molestada
Além de ser torturada e espancada pelos pais adotivos de Joinville, a menina afirmou, em depoimento, que foi estuprada por outro tio em Bom Progresso (RS). Apesar de os exames não comprovaram o fato, a delegada não descarta a hipótese de que a menina tenha sido violentada de outras maneiras.
- Como o caso não ocorreu em Joinville, nós enviamos os resultados dos exames para Bom Progresso, pois o crime deve ser investigado lá. Como não houve penetração, não há como prova o estupro, mas não isso não significa que a vítima não tenha sido molestada - diz Marilisa.
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