By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B – Imagem: Divulgação
O ex-delegado do casoTayná, Silvan Rodney Pereira, e mais dois investigadores da Polícia Civil foram condenados portorturar os homens suspeitos da morte da adolescente, que aconteceu em
junho de 2013. A decisão, do juiz Hermes da Fonseca Neto, da 1ª Vara de
Colombo, na região metropolitana de Curitiba, foi divulgada nesta quinta-feira
(15).
A Justiça condenou Pereira e mais
um investigador a 9 anos e 4 meses de prisão. O terceiro envolvido recebeu uma
pena mais alta, de 15 anos e 4 meses, por tortura e estupro dos suspeitos.
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Neste mesmo processo, o Grupo
de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) denunciou
16 pessoas: 14 policiais civis, um policial militar e um ex-PM. Os demais
denunciados não foram condenados pela Justiça.
Responsável pela delegacia do Alto
Maracanã na época do crime, Rodney Pereira foi o primeiro a investigar o
assassinato da adolescente Tayná Adriane da Silva, de 14 anos. Ela morreu
estrangulada com o cordão de um sapato no dia 25 de junho de 2013, em Colombo.
Quatro suspeitos, que trabalhavam
em um parque de diversão próximo ao local do crime, chegaram a ser presos
durante as investigações. Após suspeitas de tortura por parte de policiais, que
teriam provocado a confissão do homicídio, eles foram soltos e permanecem até
hoje em um programa de proteção a testemunhas.
Defesa vai recorrer
O advogado André Romero, que
defende um dos investigadores condenados por tortura, disse que vai recorrer da
decisão. “Entre os 16 réus acusados, 13 foram absolvidos. Nós analisamos a
sentença ontem e esperávamos que todos fossem inocentados. Acreditamos que os
elementos usados pelo magistrado no processo são frágeis e, por isso, vamos
entrar com um recurso para reverter essa situação”, disse ele em entrevista à
Banda B.
Romero ainda criticou o destaque
que a justiça deu às denúncias de tortura e a falta de investigação sobre o
assassinato de Tayná. “Como sempre frisei, infelizmente se focou demais na
suposta tortura e se esqueceu do caso, que por trás de tudo isso há a morte de
uma adolescente. A família da vítima é a que mais sofre, sangra, pois até hoje
não houve a responsabilização dos culpados”, completou.
Com a condenação, os três perdem os
cargos e ficam proibidos de assumir outra função pública. Eles podem, no
entanto, recorrer da decisão em liberdade.
O advogado Claudio Dalledone, que
defende o ex-delegado Rodney Pereira, emitiu a seguinte nota sobre o caso:
A defesa constituída pelo
Delegado Silvan Rodney Pereira ainda não foi intimada da sentença condenatória
proferida pelo Juízo Criminal de Colombo, não tendo, ainda condições de se
aprofundar no exame da decisão.
Contudo, pelo que se teve
acesso até este momento, já é possível constatar que o juízo condenatório está
fundamentado em bases extremamente frágeis, na medida em que considerou como
fontes de prova apenas a palavra das pretensas vítimas (prováveis autores do
estupro e morte de Tayná), em detrimento uma grande gama de evidências
consistentes que demonstram a improcedência da acusação de tortura atribuída ao
Delegado.
A defesa tem plena convicção
que o Tribunal de Justiça reformará a sentença no julgamento da apelação
criminal, consagrando a absolvição do Delegado Silva Rodney Pereira.
Polícia Civil
Sobre o caso, o Departamento da
Polícia Civil informou que ainda não foi notificado sobre nenhuma decisão
judicial contra qualquer membro da instituição envolvendo o caso Tayná Adriane
da Silva. E declarou ainda que tramita no âmbito da Corregedoria um processo
administrativo disciplinar para investigar possíveis desvios de conduta de
policiais civis do Paraná.
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