By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B – Imagem: Divulgação
A Justiça desclassificou a acusação de maus tratos com resultado em morte contra os pais de um bebê de três meses que morreu de inanição em uma sociedade alternativa de Palhoça (SC). O caso foi registrado em 2015 e envolveu um casal ponta-grossense, que chegou a ser condenado no ano passado, responderá agora por homicídio culposo – quando não existe a intenção de matar. A decisão é do desembargador Sérgio Rizelo, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
“Se há prova de que os Acusados foram negligentes ao não ministrar os alimentos necessários à Vítima, causando-lhe o óbito, mas não foi demonstrada suas intenções em maltratá-la ou o consentimento deles em expor a filha a perigo, deve o crime de maus-tratos seguido de morte ser desclassificado para o de homicídio culposo”, destaca a sentença assinada pelo desembargador.
Ainda conforme a decisão judicial, como a pena mínima é de um ano para o crime de homicídio culposo e o casal não é reincidente e nem responde a outras ações penais, “é devido o sobrestamento do feito para que seja oferecida a eles proposta de suspensão condicional do processo”. “Embora os Acusados tenham sofrido com o falecimento precoce da Vítima, é incabível a concessão de perdão judicial se comprovado que a pena ainda se mostra necessária, pois eles praticaram o crime com violação aos deveres inerentes ao exercício do poder familiar, insistindo em ministrar alimentação alternativa mesmo com a contínua perda de peso da filha, apesar de um deles ter formação técnica em enfermagem”, ressalta o magistrado.
A menina, segundo ficou apurado, foi alimentada em seu curto tempo de vida apenas com uma mistura de água de coco e oleaginosas – nozes, castanhas, pistaches e amêndoas –, em decorrência da opção de vida dos pais, que se diziam veganos e rejeitavam ministrar à filha leite ou qualquer produto de origem animal, principalmente industrializado.
O casal se mudou para localidade conhecida como Vale da Utopia, na região da praia da Pinheira, pequena comunidade integrada por naturalistas e hippies em geral. Após três meses, quando finalmente procuraram auxílio para a criança, na madrugada de 3 de agosto de 2015, entregaram aos socorristas do Samu um bebê com 46 centímetros e pouco mais de 1,7 quilo, já sem vida. A decisão por condenar os pais da menina a sete anos, um mês e dez dias foi tomada pela juíza Carolina Ranzolin Nerbass Fretta, titular da 1ª Vara Criminal da comarca de Palhoça (SC).
OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE
RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA
NOTICIAS. OS COMENTÁRIOS IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM
OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE
AUTORIZAÇÃO OU CITAR A FONTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.