By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: A REDE – Imagem: Divulgação
Desapego. Essa foi a palavra usada pelo
desenvolvedor de sistemas para a web, Bruno Henrique Gonçalves Lopes,
para definir a viagem que ele, a mulher, formada em Biologia, Geisa
Bandil Lopes, e a filha de quase dois anos de idade, Beatriz Bandil
Lopes, farão a partir de novembro. A bordo de um Land Rover Defender
110, eles pretendem dar a volta ao mundo nos próximos quatro anos.
“Acredito que essa seja a palavra ideal, pois tudo que vamos precisar
estará dentro do veículo. O restante, que fomos adquirindo durante as
nossas vidas, estamos nos desfazendo. O dinheiro da venda será usado
para tornar essa viagem uma realidade”, explicou.
O casal
passou dez anos nos Estados Unidos (EUA) antes de se estabelecer em
Ponta Grossa, onde a família de Geisa mora. Entre as línguas dominadas
além do português estão o próprio inglês e o espanhol. A ideia da viagem
surgiu depois que os dois tiveram que interromper um “mochilão” pela
América do Sul entre os anos de 2013 e 2014. “No meio do roteiro
descobri que estava grávida e comecei a passar muito mal. A Beatriz
nasceu e o sonho de rodar o mundo continuou”, conta Geisa.
A
experiência promete entrar para a história, já que poucas pessoas no
Brasil se arriscam em uma aventura como essa na companhia dos filhos.
“Conhecemos apenas uma família do Rio Grande do Sul (RS) que está em um
projeto semelhante. Eles estão em viagem com dois filhos – um de seis e
outro de oito anos de idade”, detalha Geisa. Com o ineditismo, o nome da
expedição não poderia ser outro. “Resolvemos dar o nome a essa viagem
de ‘Colorindo o Mundo’. Nossa filha adora pintar. Por onde passarmos
daremos mapas para ela colorir. Tudo será documentado em um blog que
levará o mesmo nome”, revela Geisa.
Mesmo com o passaporte em
dia, seguro de vida garantido e os documentos do veículo em ordem,
antes de cair na estrada, a família participará de dois eventos que
servirão de preparatório para a expedição. “São encontros. O primeiro,
em outubro, será em Gramado (RS) com proprietários de Land Rover. O
segundo será em novembro, na Serra da Bocaina, entre os estados de São
Paulo e Rio de Janeiro. Lá estarão reunidas pessoas que utilizam as
barracas de teto. Esse equipamento será usado por nós para dormir
durante a viagem. Queremos trocar informações e experiências. Isso nos
ajudará no deslocamento”, comenta Bruno.
A viagem para valer
começará com uma passada pelo Pantanal, no Mato Grosso do Sul. Depois, a
família desce para o Ushuaia, na Argentina. Em território “hermano”,
mais especificamente em Buenos Aires, eles despacharão o carro em um
container no porto de Buenos Aires. “Daí vamos para a Alemanha.
Decidimos seguir pela Europa, pois acreditamos que seja um território
mais tranquilo para que nossa filha possa ir se adaptando a aventura”,
afirma Geisa. “Nosso roteiro será aberto e dependerá, por exemplo, se eu
conseguir algum trabalho. Como minha profissão me permite trabalhar a
distância, pretendo seguir fazendo freelancers. Também vamos oferecer
serviços em troca de hospedagens. Estou levando um drone e máquina
fotográfica profissional. Se for possível, comercializaremos esses
materiais”, revela Bruno. Entre os desejos dos viajantes está conhecer a
África e a Ásia.
Questionados se já pararam para pensar como
será a vida quando retornarem, a resposta de Bruno surpreende. Mesmo
assim, reforça a filosofia de vida que reage a família. “Não sabemos se
vamos voltar, ou melhor, para onde vamos voltar. O que queremos é
mostrar para nossa filha que o mundo é muito grande e que conhecer
outras realidades é surpreendente. A gente só aprendeu a ir”, finalizou.
Carro é preparado desde abril
“Não
é só comprar um carro”, alerta Bruno. Segundo ele, o Land Rover da
família foi adquirido em abril deste ano. “De lá pra cá foram três meses
de muito trabalho. Primeiro eu desmontei ele internamente por completo.
Lavei toda a estrutura e comecei o isolamento. Usei feltro, manta
aluminizada, manta asfáltica, enfim, tudo o que pudesse garantir mais
segurança e conforto, mesmo em um carro mais antigo, de motor puro, sem
muita elétrica”, disse. Tanto Bruno, quanto Geisa, também participaram
de cursos de mecânica básica. “Agora estamos finalizando os armários”,
destaca Bruno. “Aí só falta instalar os equipamentos. Teremos um
banheiro químico, uma geladeira e uma máquina de lavar. Esse será meu
luxo. Até porque, estaremos viajando com uma criança”, completa Geisa.
“A ideia é se manter com o carro. Se não der, vamos ficar em hostel e
até mesmo em hotel. Quanto mais nos mantivermos dentro do veículo,
sobrevivendo dos recursos dele, mais barato fica a viagem”, finaliza
Bruno.
Loucos ou ricos?
Vocês
são loucos ou ricos? Essa é a pergunta que o casal mais ouve
ultimamente quando comenta da experiência que está por vir. “Até a gente
achava que seria um pouco de loucura. Nós duvidávamos até começar a
pesquisar. Posso dizer hoje que seria uma loucura controlada, com o
mínimo de risco possível. Estamos levando nossa filha junto”, relata
Bruno.
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