By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Rádio Najuá – Imagem: Divulgação
A denúncia, acatada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR) nesta terça-feira (28), diz que Carli infringiu dois artigos do Código Eleitoral por declaração falsa em prestação de contas eleitoral e por fazer uso dos documentos falsificados. Se for condenado, o deputado poderá ser preso por até cinco anos. Adriane Colman, que foi coordenadora financeira da campanha do deputado, também responde no processo.
Carli e Adriana chegaram a entrar com recurso para que a denúncia não fosse aceita pelo TRE, mas o tribunal entendeu que há indícios de materialidade na autoria do crime. Com isso, o processo começa a correr normalmente a partir desta quarta (29).
Nas palavras do relator Jean Carlo Leeck, do TRE, “o fato narrado é certo – falsificação de documentos de campanha eleitoral e sua utilização, por diversas e continuadas vezes – e foi imputado a ambas as pessoas que assinaram a prestação das contas”, escreveu em seu relatório.
Cassação
A ação penal é um desdobramento de uma representação eleitoral que começou a correr em 2011 e que chegou a determinar a cassação do mandato de Carli – que conseguiu liminar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para manter o cargo. Ainda não há decisão final neste processo, segundo o advogado de defesa de Carli, Alexandre Knopfholz.
O advogado diz que têm “argumentos muito fortes” para afastar acusação, mas que esses documentos serão demonstrados apenas no decorrer da ação penal. O advogado de defesa de Adriana Calmon não foi localizado nesta quarta-feira.
O deputado
Bernardo Ribas Carli é filho do ex-prefeito de Guarapuava, Fernando Carli (PP), e irmão do ex-deputado Fernando Carli Filho, que teve de renunciar ao seu mandato em 2009 depois de causar um acidente de trânsito em que duas pessoas morreram. O deputado teve 33.645 votos e se elegeu segundo suplente da coligação.
Ele assumiu em março de 2011 na vaga do deputado Osmar Bertoldi (DEM), que foi secretário de Habitação e retornou à Assembleia este mês. O suplente que teve que sair, porém, foi Antonio Belinati (PP), de Londrina.
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