By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Portal Rondon – Imagem: O Diário
Funcionários do Conselho Tutelar e da Guarda Municipal (GM)
resgataram na tarde desta quarta-feira (29) três crianças que viviam em
condições precárias em uma residência no Conjunto Floresta, zona sul de
Sarandi, cidade próxima a Maringá. A situação emocionou uma fiscal da
Vigilância Sanitária e o chefe da GM, que choraram ao se deparar com as
crianças tomadas por piolhos e vivendo em meio a fezes, vermes e sem nenhum
tipo de alimento.
O odor exalado na casa era tão forte que nem mesmo guardas e
repórteres conseguiram evitar o vômito. “Em 40 anos de profissão eu nunca vi
uma situação como essa. É inadmissível uma pessoa permitir que os filhos vivam
num ambiente tão imundo, tão contaminado. É revoltante, é assustador”,
desabafou o secretário de Trânsito e Segurança de Sarandi, Aparecido Antônio.
Segundo a GM, a denúncia de maus-tratos chegou ao
conhecimento do Conselho Tutelar na sexta-feira passada, por meio de uma
moradora do bairro. Indignada com a situação das crianças, que passavam 24
horas por dia trancadas na residência, a denunciante informou que a casa estava
tomada por sujeira e que as crianças, um menino de 2 anos e duas meninas, de 6
e 7 anos, estavam passando fome.
No entanto, ao verificar a denúncia, o conselho encontrou o
imóvel trancado e, aparentemente, sem ninguém no interior. Novas visitas foram
feitas na casa, mas a moradora não foi encontrada.
No início da tarde de hoje, o Conselho Tutelar acionou a
Guarda Municipal para uma nova incursão no imóvel. Como ninguém respondeu aos
chamados, moradores do bairro ajudaram a abrir o portão e a porta da sala.
Assustada com a chegada do conselho, a dona da casa fugiu pelos fundos.
A cena impressionou a conselheira e os guardas municipais.
Em meio a fezes, urina e vermes, eles encontraram as três crianças, nuas,
magras, tomadas por piolhos e acuadas num canto da sala. A menina de 7 anos
explicou que não atendeu aos chamados por ordens da mãe, que a proibiu - e aos
irmãos - de abrir a porta para estranhos. “Ela (mãe) dizia que me bateria se eu
abrisse a porta para alguém”, explicou a garotinha.
Vizinhos disseram que a mãe deixava as crianças sozinhas,
sem nenhum tipo de alimento ou higiene. “Quando as crianças sentiam muita fome,
uma delas ia até ao portão implorar por comida aos vizinhos”, contou a dona de
casa Elaine Monteiro da Silva, 32 anos, que mora numa casa ao lado.
“É a segunda vez que
denuncio essa situação. Na primeira vez, em novembro do ano passado, as
crianças foram resgatadas pelo Conselho Tutelar e deixadas sob os cuidados do
avô materno”, disse ela. Ainda de acordo com Elaine, os próprios vizinhos
fizeram um mutirão e limparam a casa, o que permitiu a volta das crianças.
O conselho confirmou que as crianças foram resgatadas no
final do ano passado e só devolvidas à mãe depois que o imóvel foi limpo e a
assistência social se comprometeu a ajudar a família. Desta vez, segundo a
entidade, a mãe responderá criminalmente por abandono e negligência e
dificilmente conseguirá retomar a guarda dos filhos, que novamente foram
deixadas sob os cuidados do avô.
OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA NOTICIAS. OS COMENTÁRIOS
IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE AUTORIZAÇÃO OU CITAR A FONTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.