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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: R7 – Imagem: DivulgaçãoA 5ª Vara Criminal de Brasília aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público contra Jair Renan Bolsonaro pelos crimes de falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e uso de documento falso. Na prática, o filho do ex-presidente virou réu na justiça. A informação foi confirmada pelo R7.
A defesa afirma que Jair Renan foi vítima de um golpe "montado
por pessoa que apenas depois se soube ser conhecida pela polícia e pela
Justiça". "Tudo ficará esclarecido no curso do processo, no qual a
defesa poderá apresentar provas e fundamentos para o total
esclarecimento do golpe contra ele aplicado", diz nota dos advogados.
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A investigação começou com a Operação Nexum, da Polícia Civil do DF,
que apurou um esquema de estelionato, falsificação de documentos,
sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
Segundo a investigação da Operação Nexum, o grupo do qual o empresário
participava operava por meio de funcionários "laranjas" para mascarar os
reais proprietários de empresas de fachada. Para estabelecer essas
empresas, eles recorriam ao uso de identidades falsas na abertura de
contas bancárias.
Os policiais também afirmam que os investigados falsificavam
informações de faturamento e outros documentos usando dados de
contadores sem o consentimento para incluir declarações falsas.
Jair Renan é o quarto filho de Bolsonaro, conhecido como "04", fruto do
relacionamento com Ana Cristina Valle. Ele já havia sido alvo da
Polícia Federal em 2021, quando foi aberto um inquérito para apurar
negócios nos quais o filho mais novo do ex-presidente era envolvido.
Na ocasião, o Ministério Público revelou que a apuração era derivada do
procedimento preliminar aberto para verificar os possíveis crimes de
tráfico de influência e lavagem de dinheiro que envolvem um grupo
empresarial do setor de mineração e o filho de Bolsonaro.
Em 2022, a PF encerrou a investigação contra Jair Renan e entendeu que
ele não tinha cometido crime de tráfico de influência. Segundo o
inquérito, o filho do presidente teria utilizado a empresa Bolsonaro Jr.
Eventos e Mídia para articular contatos entre representantes da
mineradora Gramazini Granitos e Mármores Thomazini, do então ministro do
Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
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Na época, o ex-presidente Bolsonaro declarou que não tinha muito
contato com o filho e que não sabia dizer se ele "está certo ou errado"
em relação às acusações de tráfico de influência e lavagem de dinheiro.
"O moleque tem 24 anos, acho que ninguém conhece ele, vive com a mãe,
há muito tempo está longe de mim, mas recebo ele de vez em quando aqui.
Tem a vida dele, não sei se está certo ou se está errado, mas peço a
Deus que o proteja", declarou Bolsonaro em 13 de abril de 2022.
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