By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
O Ministério Público Federal (MPF) decidiu arquivar o inquérito
policial contra um sociólogo e um empresário de Palmas por suposto crime
contra a honra do presidente da república. Os dois eram investigados
por causa de dois outdoors, publicados no ano passado, que comparavam o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) a um ‘pequi roído’. Continua depois da publicidade
A manifestação foi assinada pela procuradora Melina Castro Montoya
Flores do último dia 26 de março e divulgada nesta terça-feira (31).
Para o MPF, as mensagens publicadas nos outdoors mostraram-se claramente
como posições políticas e por isso deve ser respeitado o direito à
liberdade de expressão dos cidadãos.
Os outdoors, instalados em Palmas em agosto do ano passado, tinham a
imagem do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com as seguintes
expressões: "Cabra à toa, não vale um pequi roído. Palmas quer
impeachment Já" e "Aí mente! Vaza Bolsonaro, o Tocantins quer paz”.
A investigação foi aberta pela Polícia Federal em Brasília a pedido do então ministro da Justiça, André Luiz de Almeida Mendonça.
Segundo a procuradora, os fatos narrados nos autos colocam em aparente
conflito a defesa da honra subjetiva e a garantia da liberdade de
pensamento, expressão e crítica resguardada pela Constituição
Federal/88. Ela destaca que segundo a constituição “é vedada toda e
qualquer censura de natureza política, ideológica e artística”.
Continua depois da publicidade
O MPF entendeu que essa constatação fica evidente pela presença de
frases como "impeachment já" e " Vaza Bolsonaro" nas peças publicadas.
Ainda segundo a manifestação, agentes públicos estão mais sujeitos a
críticas. “Nas declarações do investigado predominam a crítica à ação
política governamental e não o intuito de ofender a honra alheia”,
destaca.
Na semana passada o sociólogo Tiago Costa Rodrigues, responsável pelas
publicações, chegou a entrar com um habeas corpus pedindo o trancamento
do inquérito. Primeiro ele tentou junto ao Superior Tribunal de Justiça,
mas teve o pedido negado. Depois encaminhou a demanda para o Supremo
Tribunal Federal. O pedido está com o ministro Alexandre de Moraes e
ainda não foi analisado.
Por determinação da procuradora Melina Castro, uma cópia da promoção de
arquivamento foi enviada ao promotor que cuida dos autos de outros
inquéritos policiais relacionados a episódios de críticas contra o
presidente Bolsonaro.
"A gente está feliz pela decisão, pelo arquivamento do processo. Era o
que a gente acreditava que poderia acontecer", disse o sociólogo Tiago
Costa após a decisão. "Eu acredito que a data também é simbólica. Nas
vésperas da comemoração, que o governo quer comemorar, o golpe de 64, a
ditadura militar, uma ação desta é muito representativa".
Ele adiantou ainda que deve pedir na Justiça ressarcimento pelos responsáveis pela abertura do processo.
MATÉRIA RELACIONADA:
CURTA AQUI NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK
OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA NOTICIAS. OS COMENTÁRIOS IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE AUTORIZAÇÃO OU CITAR A FONTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.