By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: RIC MAIS – Imagem: Divulgação
Um vídeo feito em Porecatu, cidade do norte do Paraná, mostra um homem descarregando mesas de uma das ambulâncias da Secretaria de Saúde do município. A suspeita de alguns dos moradores da cidade é de que os móveis seriam para uma festa. De acordo com as primeiras informações, a gravação foi feita na sexta-feira (16). O flagrante foi investigado pela equipe do Balanço Geral Londrina. O promotor do Ministério Público do Paraná, Pedro Castelani, comentou sobre o uso de um veículo público para fins particulares:
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“Não tínhamos conhecimento nem do vídeo e nem dessa informação desse
fato […]. Isso não impede que o Ministério Público investigue este fato
para apurar se o transporte desses materiais estava destinado a alguma
obra pública, algum órgão público, ou particular. Caso tenham sido
utilizados para algum evento particular, isso pode configurar um ato de
improbidade administrativa”,
Além do uso impróprio do veículo, a suposta comemoração estaria sendo montada em meio a um cenário de pandemia da Covid-19. Aglomerações de pessoas em eventos são proibidos pelos governos estaduais e municipais para evitar o aumento de casos da doença.
O caso segue em investigação. As pessoas
que aparecem no vídeo não foram identificadas até o momento e ninguém
atendeu a reportagem da RIC Record TV na casa de eventos.
O prefeito de Porecatu, Fábio Luiz de Andrade (PSD), foi
procurado pela equipe de reportagem, mas as ligações não foram
atendidas. A Vigilância Sanitária e a secretária de saúde da cidade,
Laila Giota, também não quiseram se manifestar. Um dos funcionários da
prefeitura, que preferiu não se identificar, disse que a ambulância é
usada para trabalhos voluntários.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Porecatu, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.
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Atualmente, o prefeito reeleito Fábio Luiz de Andrade
responde a um processo sobre a compra de uma ambulância que não foi
entregue ao município. A negociação foi feita com uma empresa privada do
Goiás ainda no primeiro mandato, em dezembro de 2019. Foram gastos R$
163 mil dos cofres públicos. Em uma live no Facebook, o prefeito
explicou que o atraso aconteceu devido ao início da pandemia e falta de
materiais. Ele também afirmou que a empresa teve dificuldade de
encontrar o modelo escolhido, foi substituída por outro de valor maior e
não aceitou o acordo judicial de devolução do valor investido.
“A prefeitura efetuou o pagamento. A empresa, alegando seus motivos, não
entregou o produto e não quer fazer a devolução em parcela única”,
No dia 6 de abril, os bens de Fábio foram bloqueados por suspeita de
improbidade nesta mesma compra. O promotor Pedro Castelani informou que
foi feito um acordo entre o Ministério Público, Fábio Luiz de Andrade e a
empresa fornecedora. O prefeito pagará uma multa de R$ 17 mil por danos
aos cofres públicos. O valor será repassado para a Associação de Pais e
Amigos dos Excepcionais (Apae) de Porecatu. A empresa foi multada em R$
178 mil.
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