sexta-feira, 3 de julho de 2020

Polícia indicia por homicídio patroa da mãe de menino que caiu do 9º andar no Recife

By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: JORNAL EXTRA Imagem: Divulgação

A Polícia Civil de Pernambuco autuou por homicídio culposo, quando não é considerado intencional, a empregadora da mãe do menino que morreu ao cair do 9º andar de um prédio no Centro do Recife, na terça-feira. Segundo a polícia, a mulher agiu com negligência enquanto cuidava da criança e deverá responder ao processo em liberdade.
A mulher chegou a ser presa em flagrante, mas pagou fiança de R$ 20 mil e foi liberada. A mãe do menino, Mirtes Renata, disse que os patrões são o prefeito de Tamandaré, Sérgio Hacker, e a mulher dele, Sari Corte Real.
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Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos, caiu após subir na área dos aparelhos de ar-condicionado, na ala comum do edifício, no 9º andar. Ele passava o dia com a mãe no apartamento dos empregadores, localizado no quinto andar do prédio.
Em entrevista coletiva, transmitida pela internet, a polícia diz que tudo indica que Miguel sofreu o acidente quando procurava pela mãe, que tinha saído para passear com o cachorro dos patrões. Miguel chegou ao nono andar sozinho no elevador. Em entrevista à TV Globo, Mirtes declarou ter confiado o menino à sua empregadora enquanto realizava o passeio. Segundo perícia, ele caiu de uma altura de 35 metros.
— Ontem à noite eu fui ver o que realmente aconteceu com o meu filho no período em que eu estava andando com a cadela. Ele entrou no elevador, não tiveram paciência pra tirar ele do elevador. Pegar pelo braço e 'saia'. Porque se fossem os filhos da minha ex-patroa eu tiraria. Ela confiava os filhos dela a mim e a minha mãe. No momento que eu confiei o meu filho a ela, infelizmente ela não teve paciência pra cuidar — disse Mirtes.
De acordo com o delegado, a dona do apartamento, patroa da mãe de Miguel, "era a responsável legal pela guarda momentânea" do menino. Ainda segundo o delegado, o caso está previsto no Artigo 13 do Código penal, que trata de ação culposa, por causa do não cumprimento da obrigação de cuidado, vigilância ou proteção.
As autoridades disseram ainda que câmeras do circuito interno do condomínio mostram o momento em que a empregadora permite que Miguel entre sozinho no elevador.
— Ele ainda aperta em um dos botões no alto no painel do equipamento, em um andar superior ao do apartamento onde residia — afirmou a Polícia Civil.
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O perito André Amaral informou que foram encontrados vestígios da criança no hall de serviços, precisamente na casa de máquinas, na parte da condensadora do ar-condicionado.
— Ele seguiu na área de serviço, se elevou na parte do parapeito, que dá acesso à casa de máquinas, onde tem as condensadoras. É uma escalada de 1,2 metro. Na parte do guarda-peito, que é de alumínio, você percebe que houve uma quebra na quarta aleta, onde houve a projeção acidentalmente. Essa área é comum, qualquer pessoa pode ter acesso, mas não é comum uma criança sozinha ter acesso — declarou o perito.
Em entrevista à TV Globo, Mirtes pediu justiça e disse que, se fosse o contrário, provavelmente não teria direito à fiança.
— Não vou dizer que eu tô com raiva porque a dor pela perda do meu filho tá prevalecendo. Mas eu espero que a justiça seja feita. Porque se fosse o contrário, eu acho que eu não teria direito nem à fiança. Foi uma vida que se foi por um pouco de falta de paciência de tirar dali de dentro.
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