By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
A família de um idoso de 83 anos, que está enfrentando uma infestação
de larvas em uma das pernas e suspeita de úlcera varicosa, busca
encaminhamento para um tratamento vascular em Praia Grande, no litoral
de São Paulo. Adalto João de Azevedo chegou a ser atendido no Hospital
Irmã Dulce, mas foi liberado após receber medicação e curativo. No
entanto, o idoso se queixa de muitas dores e a família luta por um
diagnóstico conclusivo.
Em entrevista ao G1
nesta terça-feira (30), a filha dele, Losangela Aparecida, contou que
há três meses o pai havia sido diagnosticado com erisipela, uma infecção
na pele causada por uma bactéria.
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Ele passou por médicos, fez
tratamento com antibióticos e até chegou a utilizar laser na perna, que
estava com um machucado. Na semana passada, porém, o ferimento ficou
pior.
“De quinta para sexta-feira, a perna dele começou a inchar bastante e
começou a sair a pele, ficar gosmenta. De sexta para sábado, a ferida
abriu, acho que a infecção estava grande, e fez um furo na perna. Nesse
furo, começou a sair uma água mal cheirosa, um líquido escuro. Tinha
muita secreção”, afirma.
No sábado (27), ele foi levado pela família ao Hospital Irmã Dulce,
onde um clínico geral informou que internaria o idoso. Segundo a filha, o
médico disse que pediria um ultrassom e um encaminhamento para um
cirurgião vascular avaliá-lo. Na unidade de saúde, os médicos
constataram que existiam larvas no ferimento.
O cirurgião vascular e diretor presidente do grupo AngioCorpore,
Marcello Romiti, explica que a miíase é um infecção causada por larvas
de moscas que podem pousar em feridas. "Você tem que tirar a larva e
tratar a ferida. Se somente tirar a larva e deixar o paciente com a
ferida exposta, vai voltar a infectar e isso pode ter gravidade",
explica. Ele esclarece ainda que em uma ferida aberta pode pousar uma
mosca com uma bactéria mais forte. "Isso pode levar a amputação da perna
ou uma gangrena infecciosa. Uma vez com o diagnóstico, quanto mais cedo
tratar, melhor", afirma.
Ao receber o diagnóstico de miíase, Adalto foi colocado em uma sala de
observação, sentado em uma cadeira. Conforme informou a filha, ele ficou
o sábado todo no local, dormiu na cadeira e, na manhã de domingo (28), o
idoso recebeu alta. "Eu não entendi. Já tinham falado que ia fazer o
ultrassom e iria ser avaliado, e não aconteceu nada disso”, desabafa.
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Losangela relata que uma médica ligou para ela explicando que fariam
uma raspagem e tirariam as larvas que estavam na perna do idoso para
liberá-lo. A justificativa era de que ele corria risco de se contaminar
pelo novo coronavírus.
“Perguntei se ele seria avaliado por um vascular e ela me falou que não
precisava, que só precisava limpar e entrar com uma medicação mais
forte para matar as bactérias. Ainda perguntei sobre o ultrassom, porque
queríamos saber como está por dentro. Quem vai garantir que não tem
bicho lá ainda? Ela me disse que não precisava”, afirma.
Ela relata que o hospital foi negligente com a situação de Adalto e que
a família busca por um encaminhamento. “Se tivesse mandado para casa e
dessem o encaminhamento do ultrassom, a gente se virava para pagar. Nem
isso fizeram. Estamos com medo de dar uma trombose ou gangrenar. Era
perigoso ficar do jeito que estava. Estão esperando essa infecção
agravar para ele perder a perna?”, questiona.
Em nota, a direção do Hospital Irmã Dulce informa que seguirá
levantando os fatos e, posteriormente, enviará um novo posicionamento ao
veículo.
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