By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Claidemir Camilo
O Clube Esportivo Operário Várzea-grandense desistiu da contratação do
goleiro Bruno Fernandes das Dores de Souza. A decisão do clube aconteceu
na tarde desta quarta-feira (22). A contratação de Bruno para o time
várzea-grandense tem gerado polêmica desde o ano passado, quando a
proposta foi realizada pelo time
No início desta semana, Bruno obteve a liberação da Justiça de Minas Gerais para se mudar para Mato Grosso e trabalhar no Clube Operário, time com sede em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.
A decisão foi proferida pelo juiz Tarciso Moreira de Souza, da Vara de
Execução em Meio Aberto e Medidas Alternativas da Comarca de Varginha
(MG).
Na noite dessa terça-feira (21), enquanto o time se preparava para entrar em campo pelo campeonato mato-grossense, um grupo de mulheres com faixas, cartazes e gritos de guerra protestaram contra a contratação.
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Entidades como o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher de Mato
Grosso (CEDM/MT) também se manifestou contra e divulgou nota de repúdio.
Já na manhã desta quarta-feira o clube afirmou, em nota, que estava
revendo o possível contrato. Já pela tarde, após reuniões da diretoria,
foi anunciado a suspensão da contratação.
Crimes
O goleiro foi condenado pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza Samudio e pelo sequestro e cárcere privado do filho Bruninho. Ele
também havia sido condenado por ocultação de cadáver, mas esta pena foi
extinta, porque a Justiça entendeu que o crime prescreveu. As penas
somadas chegaram a 20 anos e 9 meses de prisão.
Em 2017, o goleiro chegou a ser solto por uma liminar do Superior
Tribunal Federal (STF) e voltou a jogar futebol, atuando no Módulo 2 do
Campeonato Mineiro pelo Boa Esporte, mas depois teve a medida revogada e
um pedido de habeas corpus negado. Em 27 de abril de 2017, Bruno se
apresentou à polícia em Varginha, onde foi preso e levado para o
presídio da cidade.
Em junho de 2018, ele passou a trabalhar na Associação de Proteção e
Assistência ao Condenado (Apac) da cidade, após decisão da 1ª Vara
Criminal e de Execuções Penais. Desde então, cumpria pena e trabalhava
na unidade, mas teve o direito cassado quando a denúncia veio a público e
voltou a ficar somente no presídio.
Bruno cumpriu seis anos e seis meses de prisão em regime fechado. Já em 2017 passou para o regime semiaberto.
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