quinta-feira, 3 de março de 2016

Delcídio do Amaral desmente revista



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: FOLHA DE S PAULO Imagem: Pedro Franca (Associated Press)

O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) disse, por meio de nota, que não reconhece a autenticidade de documentos divulgados pela revista "IstoÉ".
Os documentos são, segundo a reportagem, trechos da delação premiada de Amaral à Operação Lava Jato, que teria citado a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com a reportagem, a presidente tentou ajudar presos na operação, e o ex-presidente mandou subornar o ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, em troca de seu silêncio."Nem o senador Delcídio, nem sua defesa confirmam o conteúdo da reportagem da Istoé. Não conhecemos a origem, tão pouco reconhecemos a autenticidade dos documentos que vão acostados ao texto", diz a nota.
Ainda segundo a nota, a defesa do senador diz que não foi procurada pela revista para que se manifestasse a respeito da "fidedignidade dos fatos relatados".
Delcídio, no entanto, não nega categoricamente a existência do acordo. Ele também não pode afirmar que a delação foi feita porque isso poderia cancelá-la, uma vez que ainda foi homologada.
De acordo com os documentos publicados pela revista, o senador também diz que Dilma Rousseff usou sua influência para evitar a punição de empreiteiros, ao nomear o ministro Marcelo Navarro para o STJ (Superior Tribunal de Justiça). O ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidirá se homologa ou não a delação.
A principal preocupação do Planalto vai ser explicar as citações a Dilma, não a Lula. Auxiliares da presidente dizem que é o petista quem deve cuidar de sua defesa, não o governo.
Em seu relato, Delcídio cita outros senadores e deputados, tanto da base aliada quando da oposição. Segundo a publicação, o senador petista revelou que Dilma tentou três vezes interferir na Lava Jato com a ajuda do ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. "É indiscutível e inegável a movimentação sistemática do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da própria presidente Dilma Rousseff no sentido de tentar promover a soltura de réus presos no curso da referida operação", afirmou.
O senador diz, segundo a revista, que a terceira investida de Dilma contra a Lava Jato foi a nomeação de Navarro para o STJ. "Tal nomeação seria relevante para o governo", pois o nomeado cuidaria dos "habeas corpus e recursos da Lava Jato no STJ", conta Delcídio.
O senador diz, de acordo com a revista, que a terceira investida de Dilma contra a Lava Jato foi a nomeação de Navarro para o STJ. "Tal nomeação seria relevante para o governo", pois o nomeado cuidaria dos "habeas corpus e recursos da Lava Jato no STJ", conta Delcídio.
De acordo com a revista, Delcídio diz que Lula pediu "expressamente" para que ele ajudasse o pecuarista José Carlos Bumlai porque o empresário estaria implicado nas delações de Fernando Baiano e Nestor Cerveró. Para o senador, Bumlai tinha "total intimidade" e exercia o papel de "consigliere" da família Lula, expressão em italiano que remete aos conselheiros dos chefes da máfia italiana. "No caso, Delcídio intermediaria o pagamento de valores à família de Cerveró", afirma o acordo de delação.
Na conversa com o ex-presidente, de acordo com outro trecho da delação, Delcídio diz que "aceitou intermediar a operação", mas lhe explicou que "com José Carlos Bumlai seria difícil falar, mas que conversaria com o filho, Maurício Bumlai, com quem mantinha boa relação".
Depois de receber a quantia de Maurício Bumlai, a primeira remessa de R$ 50 mil foi entregue em mãos pelo próprio Delcídio ao advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, também preso pela Lava Jato e solto em 24 de fevereiro.
Delcídio passou quase três meses preso por determinação do STF após ser gravado por um filho de Cerveró tramando a fuga do ex-diretor da Petrobras. Ele foi solto em 19 de fevereiro e a seguir pediu licença médica do Senado. Na negociação do acordo, conforme informou a Folha em fevereiro, Delcídio se mostrou disposto a implicar senadores do PSDB. O senador presidiu em 2005 a CPI dos Correios, que investigou o escândalo do mensalão.
CARF
Em seu relato no acordo, Delcídio afirma, ainda segundo a revista, que uma das maiores preocupações de Lula é a CPI do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), já que as investigações podem atingir os filhos do ex-presidente, Fábio Luiz Lula da Silva e Luiz Claudio Lula da Silva.
O senador conta que várias vezes foi convocado por Lula para evitar a convocação de Mauro Marcondes e Cristina Mautoni para depor. De acordo com o relatório da Lava Jato, como líder do Senado, Delcídio "mobilizou a base do governo para derrubar os requerimentos de convocação do casal".
Em outro trecho sobre o ex-presidente, o senador afirma que o silêncio do publicitário Marcos Valério, pivô do escândalo do mensalão, foi comprado e diz que o assunto foi discutido com Paulo Okamotto, atual presidente do Instituto Lula. O pagamento, inicialmente estimado em R$ 220 milhões, mais adiante ficou sob "a responsabilidade" do ex-ministro Antônio Palocci. MATÉRIA COMPLETA.

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