quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Mais medalhas para o Brasil nas Paralimpíadas. Confira o resumo do dia

By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: INTERVALO DA NOTICIAS Imagem: Divulgação

Foto: Miriam Jeske/CPB
Maria Carolina Santiago voltou ao topo do pódio nas Paralimpíadas de Tóquio. Depois de ser campeã nos 50m livre S13, a pernambucana de 36 anos conquistou nesta terça-feira o ouro também nos 100m livre S12, classe para pessoas com baixa visão. Carol se tornou a primeira brasileira a faturar duas medalhas de ouro em uma única edição dos Jogos Paralímpicos na natação. E ela ainda retornou ao pódio nesta terça no revezamento 4x 100m livre misto para deficientes visuais, com uma prata ao lado de Wendell Belarmino, Douglas Matera e Lucilene Sousa. 
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Gabriel Bandeira foi a prata nos 200m medley SM14, para pessoas com deficiência intelectual, chegando a quatro medalhas no Japão. O Brasil ainda ganhou um bronze com Mariana Gesteira nos 100m livre S9. 
Terceira na classificatória, Carol cresceu na final e nadou os 100m livre em 59s01 para superar a russa Daria Pikalova praticamente na batida de mão (59s13). A britânica Hannah Russell foi bronze. A brasileira Lucilene Sousa acabou na sexta posição, com 1m02s42.  
Foi a terceira medalha de Carol Santiago em Tóquio. Além do ouro nos 50m livre S13, ela já havia sido bronze nos 100m costas S12. A nadadora volta à piscina ainda nesta terça para a disputa do revezamento 4x100m livre misto para deficientes visuais.
Carol nasceu com síndrome de Morning Glory, alteração congênita na retina que reduz seu campo de visão. Praticou natação convencional até o fim de 2018, quando migrou para o esporte paralímpico.  
Carol Santiago voltou à piscina para o revezamento 4x100m livre misto para deficientes visuais. Atual vice-campeão mundial da prova, o Brasil repetiu o desempenho e ficou com a prata em Tóquio com 3m54s95, atrás apenas dos russos. A Ucrânia foi bronze. Campeão dos 50m livre S11 em Tóquio, Wendell Belarmino abriu o revezamento brasileiro, entregando na segunda posição. Douglas Matera, único do quarteto da classe S13, assumiu a primeira posição e abriu grande vantagem. Lucilene Sousa manteve a primeira posição e a boa vantagem. Carol fechou o revezamento para o Brasil e duelou contra dois homens. Ela ainda conseguiu virar os 50m na primeira posição. Foi ultrapassada pelo russo Vladimir Sotnikov, mas segurou o ucraniano Kyrylo Garashchenko. 
A prata de Gabriel
Foto: Miriam Jeske/CPB
Ouro nos 100m borboleta S14, prata nos 200m livre S14 e bronze no revezamento 4x100m livre misto S14, Gabriel Bandeira conquistou a quarta medalha em Tóquio. Nesta terça, o nadador de 21 anos foi prata nos 200m medley SM14. Com o tempo de 2m09s56, novo recorde das Américas, ele ficou atrás apenas do britânico Reece Dunn, que quebrou o recorde mundial da prova com 2m08s02. O ucraniano Vasyl Krainyk completou o pódio. 
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Gabriel guardou energia na classificatória e avançou apenas na sexta posição, com 2m15s35. Na final, ele baixou mais de cinco segundos seu tempo para ir ao pódio. O brasileiro passou na segunda posição no estilo borboleta, caiu para a quarta posição no estilo costa e manteve o posto no estilo peito. Nos 50m finais, ele cresceu no estilo livre e só não ultrapassou o britânico.
- Não esperava quatro medalhas, principalmente depois de ter ficado parado por um tempo chegando aqui (por causa de um caso de covid na delegação brasileira). A sensação no começo foi um pouco ruim, mas trabalhei a cabeça e refletiu agora. Meu forte é o final da prova, aproveitei também bastante o submerso, e acho que deu certo - disse Gabriel.  
O brasileiro é um fenômeno. Começou a disputar a natação paralímpica somente no ano passado. A primeira competição internacional dele foi apenas neste ano. E agora, com essa ascensão meteórica, já soma quatro medalhas do maior evento do mundo. 
O bronze de Mariana
Foto: Miriam Jeske/CPB
A terceira medalha da natação brasileira nesta terça foi um bronze de Mariana Gesteira Ribeiro nos 100m livre S9. Foi o primeiro pódio paralímpico da nadadora de 26 anos. Ela havia avançado à final na primeira posição e nadou a decisão para 1m03s39, ficando atrás da espanhola Sarai Gascon e da nova campeã paralímpica, a neozelandesa Sophie Pascoe. 
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Mari nasceu com Síndrome de Arnold-Chiari, uma má-formação do sistema nervoso central que afeta a coordenação e equilíbrio. Sempre praticou a natação e chegou a competir em provas convencionais até os 14 anos de idade, quando a doença se manifestou. Como tinha crises de desmaio, teve que se afastar das piscinas em 2009. Em 2013, ela começou na natação paralímpica e esteve na Rio 2016. Agora conquista seu principal resultado com o bronze em Tóquio. 
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Foto: Kiyoshi Ota/Getty Images
A melhor prova da vida garantiu a Jardenia Felix um bronze nas Paralimpíadas de Tóquio. A velocista de apenas 17 anos manteve o desempenho das classificatórias e assegurou o terceiro lugar nos 400m da classe T20, para deficientes intelectuais, com 57s43. O ouro ficou com a americana Breanna Clarke, que cravou o novo recorde mundial da prova com 55s18. Yulia Shuliar, da Ucrânia, foi prata com 56s18.
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As medalhistas foram exatamente as três melhores colocadas da fase classificatória. Jardênia chegou em segundo na primeira bateria, que teve Yulia, quebrando recorde paralímpico, em primeiro. Breanna Clarke quebrou o recorde paralímpico logo na sequência, na segunda bateria, e colocou-se como favorita.  
A brasileira teve o melhor tempo de reação dentre as três, mas Breanna rapidamente arrancou para assumir a liderança e cruzar com folgas em primeiro. Além do recorde mundial dela, Yulia quebrou o recorde europeu da categoria. 
Assista AQUI
 
Foto: Fabio Chey/CPB 
A primeira medalha da bocha no Brasil em Tóquio é de uma figura já ambientada aos pódios paralímpicos. Campeão individual nas Paralimpíadas de Londres, em 2012, e prata na Rio 2016, Maciel Santos garantiu o terceiro lugar no individual da classe BC2, sem opção de auxílio de ajudantes. O bronze veio depois da vitória por 4 a 3 sobre Worawut Saengampa, da Tailândia, na noite desta terça-feira, já manhã de quarta no Japão, na Arena Ariake.  
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Maciel sabia que não teria vida fácil na disputa pelo bronze. O atleta tailandês foi nada menos que campeão mundial no individual e por equipes em 2018 e ouro por equipes há cinco anos, nas Paralimpíadas do Rio. No entanto, o brasileiro não demorou a mostrar os motivos que o credenciam a um dos principais nomes da modalidade no cenário atual. Analisando milimetricamente cada jogada, ele abriu 1 a 0 no primeiro dos quatro games. Depois, ampliou a vantagem na segunda parcial, fechando por 2 a 0.
Apesar do bom início, o brasileiro teve dificuldades para manter a consistência no restante do duelo. Foi assim que, no terceiro game, ele viu o atleta da Tailândia reagir e empatar o jogo em 3 a 3, liberando a bola branca (ou jack) com um arremesso implacável. No entanto, no último arremesso, Maciel devolveu de forma ainda mais brilhante para encostar na bola e dar números finais à partida. Final 4 a 3 para o Brasil e lugar garantido no pódio.
Mesmo com a medalha, a jornada do brasileiro até o pódio em Tóquio não foi das mais simples. Nas semifinais, ele enfrentou Hidetaka Sugimura, número 2 do mundo, atual vice-campeão paralímpico e mundial, ambas na categoria por equipes. A derrota para o japonês por 3 a 2 naquela ocasião foi a única derrota de Maciel Santos no Japão. Após ter fechado a fase de grupos invicto, ele havia batido Hiu Lam Yeung, de Hong Kong, nas quartas de final, por 6 a 5.  
A conquista garantida na bocha é o 18º bronze brasileiro em Tóquio, a 43ª medalha do país, que ocupa o sexto lugar no quadro geral. Maciel ainda volta para as disputas por equipes, com o primeiro jogo do Brasil previsto para a noite desta quarta-feira. 
Até o término desta matéria o Brasil estava na 6ª colocação no quadro de medalhas
- Ouro: 14;
- Prata: 11;
- Bronze: 18;
- Total: 43;
Confira AQUI o quadro de medalhas. 
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Confira o resumo das conquistas de medalhas do Brasil nas Paralímpiadas.
 

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