By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: INTERVALO DA NOTICIAS – Imagem: Divulgação
Maria Carolina Santiago voltou ao topo do pódio nas Paralimpíadas de Tóquio. Depois de ser campeã nos 50m livre S13,
a pernambucana de 36 anos conquistou nesta terça-feira o ouro também
nos 100m livre S12, classe para pessoas com baixa visão. Carol se tornou
a primeira brasileira a faturar duas medalhas de ouro em uma única
edição dos Jogos Paralímpicos na natação. E ela ainda retornou ao pódio
nesta terça no revezamento 4x 100m livre misto para deficientes visuais,
com uma prata ao lado de Wendell Belarmino, Douglas Matera e Lucilene
Sousa.
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Gabriel Bandeira foi a prata nos 200m medley SM14, para pessoas com
deficiência intelectual, chegando a quatro medalhas no Japão. O Brasil
ainda ganhou um bronze com Mariana Gesteira nos 100m livre S9.
Terceira na classificatória, Carol cresceu na final e nadou os 100m
livre em 59s01 para superar a russa Daria Pikalova praticamente na
batida de mão (59s13). A britânica Hannah Russell foi bronze. A
brasileira Lucilene Sousa acabou na sexta posição, com 1m02s42.
Foi a terceira medalha de Carol Santiago em Tóquio. Além do ouro nos 50m
livre S13, ela já havia sido bronze nos 100m costas S12. A nadadora
volta à piscina ainda nesta terça para a disputa do revezamento 4x100m
livre misto para deficientes visuais.
Carol nasceu com síndrome de Morning Glory, alteração congênita na
retina que reduz seu campo de visão. Praticou natação convencional até o
fim de 2018, quando migrou para o esporte paralímpico.
Carol Santiago voltou à piscina para o revezamento 4x100m livre misto
para deficientes visuais. Atual vice-campeão mundial da prova, o Brasil
repetiu o desempenho e ficou com a prata em Tóquio com 3m54s95, atrás
apenas dos russos. A Ucrânia foi bronze. Campeão dos 50m livre S11 em Tóquio, Wendell Belarmino abriu o
revezamento brasileiro, entregando na segunda posição. Douglas Matera,
único do quarteto da classe S13, assumiu a primeira posição e abriu
grande vantagem. Lucilene Sousa manteve a primeira posição e a boa
vantagem. Carol fechou o revezamento para o Brasil e duelou contra dois
homens. Ela ainda conseguiu virar os 50m na primeira posição. Foi
ultrapassada pelo russo Vladimir Sotnikov, mas segurou o ucraniano
Kyrylo Garashchenko.
A prata de Gabriel
Ouro nos 100m borboleta S14, prata nos 200m livre S14
e bronze no revezamento 4x100m livre misto S14, Gabriel Bandeira
conquistou a quarta medalha em Tóquio. Nesta terça, o nadador de 21 anos
foi prata nos 200m medley SM14. Com o tempo de 2m09s56, novo recorde
das Américas, ele ficou atrás apenas do britânico Reece Dunn, que
quebrou o recorde mundial da prova com 2m08s02. O ucraniano Vasyl
Krainyk completou o pódio.
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Gabriel guardou energia na classificatória e avançou apenas na sexta
posição, com 2m15s35. Na final, ele baixou mais de cinco segundos seu
tempo para ir ao pódio. O brasileiro passou na segunda posição no estilo
borboleta, caiu para a quarta posição no estilo costa e manteve o posto
no estilo peito. Nos 50m finais, ele cresceu no estilo livre e só não
ultrapassou o britânico.
- Não esperava quatro medalhas, principalmente depois de ter ficado
parado por um tempo chegando aqui (por causa de um caso de covid na
delegação brasileira). A sensação no começo foi um pouco ruim, mas
trabalhei a cabeça e refletiu agora. Meu forte é o final da prova,
aproveitei também bastante o submerso, e acho que deu certo - disse
Gabriel.
O brasileiro é um fenômeno. Começou a disputar a natação paralímpica
somente no ano passado. A primeira competição internacional dele foi
apenas neste ano. E agora, com essa ascensão meteórica, já soma quatro
medalhas do maior evento do mundo.
O bronze de Mariana
A terceira medalha da natação brasileira nesta terça foi um bronze de
Mariana Gesteira Ribeiro nos 100m livre S9. Foi o primeiro pódio
paralímpico da nadadora de 26 anos. Ela havia avançado à final na
primeira posição e nadou a decisão para 1m03s39, ficando atrás da
espanhola Sarai Gascon e da nova campeã paralímpica, a neozelandesa
Sophie Pascoe.
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Mari nasceu com Síndrome de Arnold-Chiari, uma má-formação do sistema
nervoso central que afeta a coordenação e equilíbrio. Sempre praticou a
natação e chegou a competir em provas convencionais até os 14 anos de
idade, quando a doença se manifestou. Como tinha crises de desmaio, teve
que se afastar das piscinas em 2009. Em 2013, ela começou na natação
paralímpica e esteve na Rio 2016. Agora conquista seu principal
resultado com o bronze em Tóquio.
Assista AQUI.
A melhor prova da vida garantiu a Jardenia Felix um bronze nas
Paralimpíadas de Tóquio. A velocista de apenas 17 anos manteve o
desempenho das classificatórias e assegurou o terceiro lugar nos 400m da
classe T20, para deficientes intelectuais, com 57s43. O ouro ficou com a
americana Breanna Clarke, que cravou o novo recorde mundial da prova
com 55s18. Yulia Shuliar, da Ucrânia, foi prata com 56s18.
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As medalhistas foram exatamente as três melhores colocadas da fase
classificatória. Jardênia chegou em segundo na primeira bateria, que
teve Yulia, quebrando recorde paralímpico, em primeiro. Breanna Clarke
quebrou o recorde paralímpico logo na sequência, na segunda bateria, e
colocou-se como favorita.
A brasileira teve o melhor tempo de reação dentre as três, mas Breanna
rapidamente arrancou para assumir a liderança e cruzar com folgas em
primeiro. Além do recorde mundial dela, Yulia quebrou o recorde europeu
da categoria.
Assista AQUI.
A primeira medalha da bocha no Brasil em Tóquio é de uma figura já
ambientada aos pódios paralímpicos. Campeão individual nas Paralimpíadas
de Londres, em 2012, e prata na Rio 2016, Maciel Santos garantiu o
terceiro lugar no individual da classe BC2, sem opção de auxílio de
ajudantes. O bronze veio depois da vitória por 4 a 3 sobre Worawut
Saengampa, da Tailândia, na noite desta terça-feira, já manhã de quarta
no Japão, na Arena Ariake.
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Maciel sabia que não teria vida fácil na disputa pelo bronze. O atleta
tailandês foi nada menos que campeão mundial no individual e por equipes
em 2018 e ouro por equipes há cinco anos, nas Paralimpíadas do Rio. No
entanto, o brasileiro não demorou a mostrar os motivos que o credenciam a
um dos principais nomes da modalidade no cenário atual. Analisando
milimetricamente cada jogada, ele abriu 1 a 0 no primeiro dos quatro
games. Depois, ampliou a vantagem na segunda parcial, fechando por 2 a
0.
Apesar do bom início, o brasileiro teve dificuldades para manter a
consistência no restante do duelo. Foi assim que, no terceiro game, ele
viu o atleta da Tailândia reagir e empatar o jogo em 3 a 3, liberando a
bola branca (ou jack) com um arremesso implacável. No entanto, no último
arremesso, Maciel devolveu de forma ainda mais brilhante para encostar
na bola e dar números finais à partida. Final 4 a 3 para o Brasil e
lugar garantido no pódio.
Mesmo com a medalha, a jornada do brasileiro até o pódio em Tóquio não
foi das mais simples. Nas semifinais, ele enfrentou Hidetaka Sugimura,
número 2 do mundo, atual vice-campeão paralímpico e mundial, ambas na
categoria por equipes. A derrota para o japonês por 3 a 2 naquela
ocasião foi a única derrota de Maciel Santos no Japão. Após ter fechado a
fase de grupos invicto, ele havia batido Hiu Lam Yeung, de Hong Kong,
nas quartas de final, por 6 a 5.
A conquista garantida na bocha é o 18º bronze brasileiro em Tóquio, a
43ª medalha do país, que ocupa o sexto lugar no quadro geral. Maciel
ainda volta para as disputas por equipes, com o primeiro jogo do Brasil
previsto para a noite desta quarta-feira.
Até o término desta matéria o Brasil estava na 6ª colocação no quadro de medalhas
- Ouro: 14;
- Prata: 11;
- Bronze: 18;
- Total: 43;
Confira AQUI o quadro de medalhas.
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Confira o resumo das conquistas de medalhas do Brasil nas Paralímpiadas.
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