quarta-feira, 11 de março de 2020

Paraná registra primeiro caso provável de coronavírus


By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B Imagem: AEN

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Paraná informam, nesta quarta-feira (11/03), o primeiro caso provável do novo coronavírus na capital do estado. Trata-se de um caso importado, de um homem de 54 anos, atendido em um hospital da rede privada. Ele passa bem, está em isolamento domiciliar voluntário e sendo acompanhado.
O paciente retornou no dia 7 de março de uma viagem pela Espanha, Portugal e Holanda. Ele apresentou sintomas leves, com dor de garganta e febre, no último final de semana. Após o início dos sintomas, buscou um serviço de saúde privado, quando foi avaliado e recebeu recomendação de repouso e isolamento domiciliar.
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A amostra do exame do paciente foi enviada para um laboratório particular e o resultado se mostrou positivo para o coronavírus. Uma contra-prova do exame foi encaminhada, nesta quarta-feira, para o Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen-PR), para validação do resultado.
Apenas com a confirmação desta contra-prova pelo laboratório de referência (Lacen/Fiocruz) é que o caso passa a ser considerado confirmado oficialmente pelo Ministério da Saúde.
A filha de 25 anos do paciente viajou junto com o pai. Ela apresentou sintomas respiratórios leves e febre, ainda durante a viagem, mas melhorou e passa bem desde antes de chegar ao Brasil. A mulher também está em isolamento domiciliar voluntário. É possível que ela tenha apresentado a infecção durante a viagem. Por isso, as amostras do exame dela também foram enviadas ao Lacen para análise. A equipe de Epidemiologia da SMS segue monitorando ativamente outros possíveis contatos, por precaução.
“O exame do pai deu positivo. O primeiro exame da filha deu negativo, porém foi repetido e o novo resultado foi positivo, por isso consideramos que o exame dela foi inconclusivo”, explica a secretária municipal da Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak.
“Já investigamos toda a rede de contato dos dois e queremos tranquilizar a população, pois já sabíamos que uma hora o coronavírus chegaria e estamos preparados para isso”, continuou a secretária.
Cuidado com o desserviço
A SMS e a Sesa orientam que qualquer informação divulgada de forma apressada, atropelando o fluxo oficial, seja por parte de hospitais ou laboratórios, representa um desserviço à população, gerando instabilidade social e à saúde pública.
Até esta terça-feira, de acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil contava com 34 casos confirmados do novo coronavírus: Alagoas (1), Bahia (2), Minas Gerais (1), Espírito Santo (1), Rio de Janeiro (8), São Paulo (19), Rio Grande do Sul (1) e Distrito Federal (1).
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Cidade preparada
De acordo com a secretária, o município se preparou para a chegada do novo coronavírus. No site da SMS, há um rol de documentos técnicos e orientativos para os profissionais de saúde, população, empresas e escolas e demais espaços públicos.
Huçulak orienta que em casos em que existem apenas sintomas leves e não houve viagem ao exterior, não há necessidade de procurar o serviço de saúde. “Observamos um aumento da demanda nos hospitais privados e da rede pública, por isso se você tem condições leves e não viajou, não procure o serviço de saúde. Nesse momento precisamos ter nossas equipes com atenção para aqueles casos que realmente precisam de um suporte maior, então na dúvida ligue para 0 192 pedindo por orientações”, afirmou ela.
Ainda em janeiro, a SMS convocou Comitê Municipal de Resposta às Emergências em Saúde Pública para apresentar o plano de trabalho de Curitiba para a prevenção, controle e condução nos possíveis casos suspeitos do novo coronavírus.
Participaram da discussão representantes da Universidade Federal do Paraná (UFPR), da Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (Femipa), Defesa Civil, Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Paraná (Sogipa), da Fundação Estatal de Atenção à Saúde (Feas), da Sociedade Paranaense de Pediatria, da Maternidade Mater Dei, do Hospital Cruz Vermelha, Conselho Regional de Enfermagem do Paraná (Coren-PR), das Secretarias Municipais da Educação e do Meio Ambiente, da Associação Paranaense de Medicina do Trabalho (Apamt), da Unimed-PR, do Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen-PR), do Conselho Regional de Farmácia do Paraná (CRF-PR), do Conselho Municipal de Saúde de Curitiba (CMS), da Fundação de Ação Social, Sindicato das Escolas Particulares (Sinep/PR), da Santa Casa de Misericórdia, do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, do Hospital de Clínicas, do Hospital Pequeno Príncipe e profissionais de setores diversos da SMS.
Além do Comitê, foram realizados treinamentos e capacitações com mais de 1 mil profissionais de saúde da rede pública e privada. Eles receberam informações sobre a nova doença, fluxos de atendimento, uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), entre outros.
Reforço na estrutura
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Para esta quarta-feira (11/03), com o anúncio do provável primeiro caso no município, a SMS vai lançar mão ainda de uma nova medida. A criação de um Centro de Operações de Emergência (COE), com a participação das secretarias municipais de Meio Ambiente, Educação, Defesa Civil e Trânsito, Urbanismo, Comunicação Social, Turismo, FAS, Urbs, Esporte e Lazer, Procuradoria Geral do Município e Secretaria de Governo Municipal.
A primeira reunião acontece nesta quarta-feira (11/3), às 17h.
Casos suspeitos
Além do provável caso de coronavírus, Curitiba investiga outros 25 casos suspeitos da doença em pessoas residentes no município. Todos apresentaram sintomas leves de infecções respiratórias – febre, tosse, coriza, dor de garganta, dor no corpo, dor de cabeça.
Após avaliação médica, coleta de amostras para exames e tratamento dos sintomas, os pacientes foram orientados a permanecer em isolamento domiciliar voluntário enquanto aguardam o resultado dos exames.
A médica infectologista da SMS, Marion Burger, explica que o internamento só é indicado para casos com complicações, como por exemplo, infecção pulmonar. Mas ela alerta que é essencial manter o isolamento domiciliar, quando indicado.
“Enquanto aguardam o resultado é importante que as pessoas sigam as orientações. Mesmo que a infecção não seja pelo novo coronavírus, a medida evita a contaminação de outras pessoas e auxilia no processo de recuperação”, orienta Marion.
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