By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: JORNAL EXTRA – Imagem: Patricia Monteiro / Bloomberg
O comportamento da Bolsa local segue a tendência observada desde a última segunda em todo o mundo. Na Europa, na Ásia e em Wall Street os principais índices registraram forte desvalorização após o coronavírus ter se espalhado de forma rápida para fora da China, causando mortes em países como Irã, Itália e Coreia do Sul.
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Já
prevendo uma distorção forte no câmbio, antes da abertura dos negócios
no Brasil o Banco Central (BC) anunciou um leilão extraordinário de 10
mil contratos de swap cambial, no valor de US$ 1,5 bilhão para
esta sessão. A atuação do BC, que aconteceu às 13h30, não foi capaz de
conter a alta da moeda neste pregão.No Brasil, o ministério da Saúde confirmou a primeira infecção por Covid-19 (a doença causada pelo novo coronavírus). Os analistas avaliam que este fato, junto com todo o comportamento global, tende a penalizar o mercado e a economia brasileiros.
— A situação ficou pior do que já estava. A economia global está afetada, as commodities estão caindo e as exportações para a China tende a ser mais reduzidas ainda — avalia Alberto Ramos, economista-chefe para América Latina do Goldman Sachs. — Todo esse arcabouço afeta as exportações brasileiras, sejam aquelas que vão para Pequim ou não, uma vez que os produtos serão vendidos por um preço menor devido à queda das commodities.
Na Europa, as Bolsas seguem em trajetória de queda nesta quarta, embora com um ímpeto de perdas bem menor do que aquele observado na última segunda, quando as perdas superaram 3%.
Em Londres (FTSE 100) e em Paris (CAC), os índices caem 0,11% e 0,34%, cada. Em Frankfurt, o DAX opera com perdas de 0,54%. Epicentro dos casos de Covid-19 na Itália e capital financeira do país, o índice FTSE MIB da Bolsa de Milão ensaia recuperação nesta sessão, subindo 1%.
Já Wall Street ensaia uma recuperação. Após dois pregões em queda, o Down Jones tem ganhos de 1,56%. S&P (mais amplo) e Nasdaq (tecnologia) avançam, respectivamente, 1,15% e 1,88%.
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