By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BBC BRASIL – Imagem: Divulgação
Se essas taxas de desmatamento e
da floresta não forem revertidas, dizem os cientistas, as consequências
da mudança climática podem ser aceleradas em todo o planeta. Que
atividades provocam esse desmatamento? Quanto da floresta original foi
perdida em cada país? E o que os governos estão fazendo?
Em agosto de 2019, o aumento dos focos de incêndio no Brasil e na Bolívia chamou a atenção do mundo novamente para a pressão sobre a Floresta Amazônica.
Segundo pesquisadores do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), o fogo estava diretamente ligado ao desmatamento.
Nos dois países, a grilagem de terras e a
expansão da fronteira agropecuária são apontadas por especialistas como
as principais causas do aumento da destruição da floresta, algo que os
governos negam.
Juntamente com a mineração, a retirada
de madeira e a exploração econômica descontrolada, essas atividades
estão por trás das taxas de desmatamento crescentes em todos os nove
países amazônicos (contando com a Guiana Francesa, território
ultramarino da França).
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Aqui se encontra a principal questão que opõe governos, ambientalistas,
empresas e indígenas: os planos de desenvolver atividades econômicas na
região se chocam, muitas vezes, com a preservação do ecossistema e de
seus
“Não podemos vilanizar as atividades econômicas na floresta. Se
tivermos clareza do que queremos fazer com essa região, podemos buscar
empreendimentos que façam sentido ali, com a melhor tecnologia possível,
que gerem cadeias produtivas envolvendo a população e ajudando na
conservação”, diz à BBC News Brasil Natalia Hernández, especialista da
Fundação Gaia Amazonas e da . .
“Mas o que temos hoje são discursos
contraditórios dos governos e obras que contribuem com o desmatamento,
mas não resolvem os problemas reais das pessoas que vivem na Amazônia.”
Os processos de desmatamento que
acontecem nesses países, independentemente das políticas de cada
governo, afetam o ecossistema de toda a região, inclusive dos países que
não têm Amazônia.
Isso acontece por causa do papel
essencial que a floresta desempenha: distribuir a umidade que vem do
Oceano Atlântico por toda a América do Sul, regular o clima da região e
capturar grandes quantidades de dióxido de carbono, o principal gás
causador do efeito estufa.
“Essa espécie de quadrilátero formado entre o centro-sul do
Brasil e a bacia do Rio da Prata seria desértica se não fosse a
Amazônia”, diz à BBC News Brasil o climatologista Antonio Donato Nobre,
pesquisador do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe).
“É assim que funcionam outros locais do
mundo que ficam nestas latitudes. As pessoas não fazem ideia do que
significaria perder esse magnífico sistema hidrológico.”
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Estas são algumas das perguntas que exploramos neste especial interativo. Confira AQUI as perguntas
Os incêndios na Bolívia,
que começaram em maio de 2019, destruíram quase 2 milhões de hectares
de Floresta Amazônica (o equivalente a 17 vezes o tamanho da cidade do
Rio de Janeiro), segundo a ONG de monitoramento Fundación Amigos de la
Naturaleza.
E quase a metade disso aconteceu em áreas protegidas, conhecidas pelo alto índice de biodiversidade.
O governo do então presidente Evo Morales
autorizou, por decreto, o corte de árvores e as queimadas para
atividades agrícolas na região amazônica, o que provocou protestos de
grupos indígenas.
Morales também foi acusado por
ambientalistas de estimular o desmatamento com uma política de venda de
terras a fazendeiros e distribuição a camponeses. MATÉRIA COMPLETA.
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