sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Júri popular absolve pai acusado de matar filho de 4 anos asfixiado dentro de máquina de lavar, em Foz do Iguaçu

By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR Imagem: Marcos Landim/RPC 

O júri popular absolveu, na tarde desta quinta-feira (20), Rogério Paulino da Silva, de 43 anos, que era acusado de matar o filho de 4 anos asfixiado dentro de uma máquina de lavar, em março de 2011. O julgamento iniciou por volta das 8h30.
De acordo com o processo, a criança morreu após ficar presa, junto com a gata da família, dentro da máquina de lavar. Esse foi o segundo julgamento de Silva sobre o caso. O primeiro ocorreu em 2017, mas foi anulado após a Justiça atender o pedido da defesa, que alegou erros na perícia realizada à época.
Conforme o advogado de defesa, Fernando Cesar Resta, o pedido de cancelamento do primeiro julgamento foi necessário porque a Polícia Civil não apreendeu a máquina de lavar onde a criança foi encontrada e não fez a perícia com uma máquina idêntica a do caso. 
Continua depois da publicidade
No julgamento desta quinta-feira, de acordo com o promotor de Justiça Carlos Roberto Moreno, a defesa levou uma máquina de lavar para o Tribunal do Júri. A máquina era igual a que o menino foi encontrado morto.
O eletrodoméstico serviu para a defesa convencer os jurados de que qualquer criança poderia entrar sozinha no equipamento e ficar presa, segundo a promotoria. 
Diante dos erros na perícia, no primeiro julgamento, apontados pelo advogado e analisados pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), o promotor de Justiça decidiu pedir a absolvição de Silva por falta de provas contra o acusado.
A mãe da vítima e ex-mulher do acusado, Michelle Tháis Tapia, estava trabalhando quando o filho morreu. Durante o julgamento desta quinta-feira, ela disse que o ex-marido mudou a primeira versão contada à época. 
O caso
De acordo com o processo, a família da criança tinha uma gata de estimação e o pai a encontrou morta, por afogamento, dentro da máquina de lavar. Silva acreditou que o filho teria colocado a gata dentro do eletrodoméstico e a criança seria a responsável pela morte do animal. 
Dessa forma, segundo o processo, o pai teria colocado a criança dentro da mesma máquina onde estava a gata e, por isso, o menino morreu por falta de ar. A ação do pai seria uma punição pelo que o filho fez, conforme os registros.
Continua depois da publicidade
O que disse a defesa
No primeiro julgamento, novembro de 2017, segundo a promotoria, Silva foi condenado a 18 anos de prisão em regime fechado.
Segundo o processo, o pai foi julgado por ter assumido o risco de matar o filho de apenas 4 anos, o colocando de castigo dentro de uma máquina de lavar.
Entretanto, conforme Resta, a máquina periciada pela polícia para o primeiro júri era dois anos mais nova do que a máquina onde a criança morreu e, por isso, a análise poderia estar comprometida
O advogado afirmou ainda que apresentou provas no júri desta quinta-feira, como notícias de outros países, que indicam que uma criança poderia entrar sozinha dentro de uma máquina de lavar, o que caracterizaria a inocência de Silva.
“A primeira evidência é que esse caso foi tratado como um caso isolado em Foz do Iguaçu. Então eu fui buscar vários casos similares, de mortes de crianças que ocorreram dentro de máquinas de lavar roupas por asfixia e em nenhum deles os pais foram culpados por aquilo. Foram tratados como acidente doméstico.” 
OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA NOTICIAS. OS COMENTÁRIOS IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE AUTORIZAÇÃO OU CITAR A FONTE

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.