By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: A REDE – Imagem: Divulgação
Indústrias, produtores, pesquisadores e técnicos
extensionistas participarão da Conferência da Indústria Ervateira do Paraná,
que acontece na próxima sexta-feira (21), no município de Ivaí, nos Campos
Gerais. Realizam o evento o Instituto Emater, a Secretaria de Estado da
Agricultura, a prefeitura de Ivaí e a indústria ervateira Bitumirim.
A conferência apresentará o posicionamento estratégico do
setor ervateiro industrial, principalmente o mercado externo, e estabelecerá
critérios técnicos e de organização do setor (para produtores e industriais)
capazes de contribuir com o planejamento da próxima safra, que começa ser
trabalha a partir de agosto.
Segundo o engenheiro agrônomo Jorge Mazuchowski, do Emater,
será uma oportunidade para o setor industrial apresentar as principais demandas
e necessidades, expectativas de volume a ser adquirido, seleção de tipos de
folhas que preferem comprar e indicar preço a ser pago aos produtores.
“A partir de agosto, os técnicos do Instituto começam a
planejar, com as famílias produtoras, as ações dos próximos 12 meses”, explica
Jorge Mazuchowski. “É importante essa sinalização do setor industrial, para que
o trabalho feito em campo atenda o interesse de quem planta e de quem compra a
produção".
O Curso
Para fortalecer a assistência às famílias de agricultores
que produzem erva-mate, o Emater e a Secretaria da Agricultura estão
realizando, desde abril deste ano, em União da Vitória, um curso modular para
capacitar 60 técnicos ligados à cadeia produtiva.
O treinamento, com 96 horas de duração, será concluído em
setembro e tem a participação de 40 servidores da Emater e 20 da iniciativa
privada. "Os indicadores e conclusões da Conferência serão úteis para
esses profissionais”, comenta Mazuchowski.
O curso visa uniformizar procedimentos técnicos e repassar
conceitos sobre o uso de tecnologia para o cultivo de erva-mate sombreada.
Segundo Mazuchowski, a erva-mate produzida nestas condições tem uma
característica de qualidade superior, tanto em composição química quanto em
sabor, além de se adaptar mais ao gosto do consumidor brasileiro, em especial.
A erva-mate cultivada no sistema sombreado ainda é conhecida
como erval nativo, embora muitas dessas áreas cultivadas resultem de plantio
feito sob bosques de pinheiro, imbuia, canela.
Safras
Em 2013, conforme dados de pesquisa do IBGE, o Brasil
produziu 860 mil toneladas de erva-mate, seguido pela Argentina, com 690 mil
toneladas, e o Paraguai, com 85 mil toneladas anuais. Da safra Brasileira, o
Paraná, naquele período, colheu 450 mil toneladas, pouco mais da metade de toda
a produção nacional. Outro detalhe importante é que 254 mil toneladas da
colheita paranaense, ou quase 60%, saiu de plantações sombreadas.
A colheita da erva-mate acontece no inverno, com folhas
maduras e de maior rendimento industrial. Ela começa em maio e se estende até
agosto. Para Mazuchowski, o trabalho dos produtores transcorre de forma
tranquila e o preço pago pelo produto remunera os custos de produção e garante
uma margem líquida que satisfaz os plantadores. Este preço varia conforme o
tipo de erveiras de cada município, da localização do erval e da indústria,
variando de R$12,00 a R$18,00 a arroba de folhas maduras.
Debates
A Conferência da Indústria Ervateira do Paraná deve debater
temas como usos alternativos da erva-mate, como produção de bebidas
energéticas, cosméticos, corantes naturais e fármacos; certificação da
erva-mate para o mercado internacional; padrões para exportação e reformulação
da indústria; e futuro da cadeia produtiva.
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