By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Tv Gazeta
Mesmo depois de se aposentar, o coronel Potratz, médico que cuidava da ‘Clarinha’, paciente que está em coma há 17 anos no Hospital da Polícia Militar (HPM),
em Vitória, continua indo ao hospital visitar a paciente. Ele conta que
ainda não perdeu a esperança de conseguir localizar algum parente dela.
Duas famílias, uma do Paraná e outra do Maranhão, ainda aguardam para
fazer os exames de DNA, com a possibilidade de identificá-la.
Clarinha, como é chamada pela equipe médica, foi atropelada no Dia dos
Namorados, em 12 de junho de 2000, no Centro de Vitória. Ela não tinha
nenhuma identificação quando foi socorrida e levada ao hospital.
Dezessete ano depois, nenhum familiar dela foi encontrado ainda.
Clarinha continua no quarto do HPM sob os cuidados dos profissionais do
hospital e recebendo a atenção do coronel Potratz, médico responsável
por ela desde que deu entrada na unidade.
Potratz não trabalha mais no hospital, mas sempre que pode está no HPM para visitar Clarinha.
“Depois de tantos anos me dedicando a cuidar dela, mesmo como médico, a
gente acaba criando um laço de afetividade. E essa história me marcou
muito, pelos aprendizados que eu tive durante essa jornada, e pela
situação da própria Clarinha, que ainda está indefinida. Ainda não
achamos a família dela, mas continuamos com esperança”, disse.
A farda ele não usa mais, nem precisa cumprir horário, mas sempre traz
algo para a paciente. As enfermeiras avisam quando ela precisa de algo.
“Eu estava até explicando para ele que às vezes ela tem febre, porque
sente a falta dele, porque toda manhã era ‘bom dia, Clarinha’”, explicou
a enfermeira Neide Lopes.
Sem identificação
Clarinha não estava com os documentos quando foi atropelada em 2000. Depois que o caso ganhou destaque, mais de 100 pessoas de várias partes do país procuraram o Ministério Público, que é o responsável pelas investigações, mas ela continua sem identificação.
mesmo quando ela estiver fora do hospital, com a família, vai continuar por perto da paciente.
“Com certeza vou manter um elo com essa família que por ventura a gente
possa identificar, no sentido de continuar ajudando, mesmo que seja à
distância, mas continuar participando da vida dela, até como médico,
poder visitá-la e ter uma interação já que a gente criou um vínculo de
afetividade muito grande”, contou Potratz.
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