quarta-feira, 5 de abril de 2017

Polícia considera que fiscal de combustíveis foi morto por causa da profissão no PR



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BAND NEWS Imagem: Divulgação


A polícia considera que o fiscal de combustíveis, assassinado na  quinta-feira (23), foi morto por causa da investigação que resultou no fechamento de nove postos em Curitiba e região metropolitana. Fabrizzio Machado, 34 anos, era também presidente da Associação Brasileira de Combate a Fraudes de Combustíveis (ABCFC) e conhecido pelo rigor nas fiscalizações.
No último sábado (25), o Departamento de Inteligência do Estado do Paraná (DIEP) deflagrou a operação Pane Seca, que foi antecipada depois da morte de Fabrizzio. Na ação, a Justiça mandou interditar nove postos e prendeu seis pessoas. Outros seis suspeitos, entre eles empresários do ramo, seguem foragidos.
O secretário de Segurança, Wagner Mesquita, avalia que o mais provável é uma ligação entre a morte do empresário e a atuação dele como fiscal.
Entretanto, nos bastidores, a Polícia Civil já relaciona a morte à função de Fabrizzio. A Operação Pane Seca teve início a partir de requisição da Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor. O Ministério Público do Paraná recebeu informações da associação presidida pelo fiscal executado na semana passada. A quadrilha era chefiada por Eugenio Rosa da Silva e pelo filho dele, Genisson Rosa. Eugênio foi preso na noite de sexta-feira (24), quando desembarcava no Aeroporto Internacional Afonso Pena. Genisson está foragido. Eles são donos da churrascaria Boi Dourado, que fica na Avenida das Torres. A polícia afirma que o restaurante era usado para os negócios da quadrilha. Pai e filho são donos de três postos de combustíveis.
De acordo com a polícia, a outra organização criminosa investigada na operação Pane Seca atuava com quatro postos – todos pertencentes a Onildo Cordova; ele também permanece foragido. Há indícios de que a organização criminosa tenha se expandido para outros estados, como São Paulo e Santa Catarina.
Durante o cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão, os policiais encontraram diversas placas de bombas que eram usadas para a fraude, mais de R$ 800 mil em cheques e outros R$ 1.500 em espécie. Foram apreendidos, ainda, computadores e pendrives, além de propostas de transações de bens que totalizam R$ 60 milhões. Imaginando o litro da gasolina a R$ 3,29, por exemplo, o consumidor era lesado em mais de R$ 13 – além de ter menos combustível no tanque.
Se cada posto efetuasse 100 abastecimentos por dia, o valor desviado chegaria a R$ 1000, diariamente. Entre os alvos da ação policial estão empresas que prestavam serviços de manutenção aos postos de combustíveis que cometiam as fraudes.
Postos lacrados por determinação judicial:
CURITIBA: 
Posto Master Tingui - Rua Monteiro Tourinho; N. 110
Posto Varejista Itaipu - Av. Presidente Kennedy ; N. 3374
Posto Karwell Petroleo e Participações Ltda - Av. Victor Ferreira do Amaral; N. 2628
Posto GRC Comércio de Combustíveis - Rua Doutor Leão Mocellin, N. 28
Posto JPS - Rua Cid Marcondes de Albuquerque, N. 2357
Auto Posto Midas Uberaba - Rua Capitão Leônidas Marques, N. 2199
SÃO JOSÉ DOS PINHAIS:
Posto Via Aeroporto - Av. Rocha Pombo, N. 3413
COLOMBO
Posto Comércio de Combustíveis RUBI - Rodovia da Uva, N. 1832
Posto Comércio de Combustíveis Colina - BR 116, KM 83, s/n

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